
A Porto Santo Line espera solucionar na próxima semana o problema que foi detectado no Lobo Marinho e que impede que este faça a habitual ligação entre a Madeira e o Porto Santo nas duas horas e quinze minutos habituais.
Conforme o DIÁRIO apurou, o operador marítimo tem trabalhado, desde 29 de Março, na correção do problema que tem levado o Lobo Marinho a efectuar a viagem entre ilhas em três horas, ao invés das duas horas e quinze minutos habituais, informação que, aliás, faz questão de veicular junto dos passageiros em todas as viagens.
“Depois de inúmeros testes, e da chegada à Madeira de duas empresas especializadas, que normalmente dão o apoio técnico às máquinas principais do navio, foi finalmente encontrado o problema que vinha limitando a velocidade a que o Lobo Marinho navega”, observou Carlos Santos, administrador da Porto Santo Line, que referiu que o problema reside no “deficiente funcionamento de uma (das quatro) turbinas do navio” e que, essencialmente, não permite o mesmo deslocar-se à velocidade habitual.
A empresa aguarda agora a chegada de todas as peças até sexta-feira (dia 11), aproveitando a paragem semanal no próximo dia 15 de Abril para efectuar todas as correcções necessárias, já identificadas e com um plano de trabalhos que está a ser ultimado, de acordo com vários testes que ainda decorrem.
Nas declarações, esta segunda-feira, a Porto Santo Line lembra que não tem havido a interrupção do serviço público que está adstrito, com excepção das viagens não efectuadas devido às condições meteorológicas que têm atingido a região.
“Todas as viagens são efectuadas observando todos os requisitos de segurança, sendo que esta mesma segurança é a primeira prioridade pela qual a Porto Santo Line se pauta desde sempre, sendo assim, efectivamente, o único constrangimento a velocidade a que o Lobo Marinho tem navegado”, assume.
Por outro lado, quando questionada, pelo DIÁRIO, se este problema poderia ter sido preventivamente corrigido na doca que decorreu em Janeiro, a Porto Santo Line esclareceu que este tipo de avaria, num equipamento que obedece a um rigoroso protocolo de manutenção, não poderia ter sido prevista e não havia possibilidade de antever a mesma.
“As turbinas se encontram actualmente totalmente dentro das “running hours” -ainda longe das 12.000 horas e que obrigam a um “major overhaul”, sendo que a Porto Santo Line conta com o apoio técnico da ABB actualmente denominada Accelleron (empresa criada em 1883 com a junção das ASEA Sueca e a BBC Suíça, e especialista mundial em tecnologia e maquinaria de navios e que conta com mais de 110.000 colaboradores) na correção do problema.