
A candidatura do PS-Madeira às eleições legislativas nacionais defende que haja uma dotação anual do Orçamento do Estado, financiada por parte dos dividendos da Caixa Geral de Depósitos, destinada à promoção e construção de habitação pública pelas autarquias, incluindo, naturalmente, os municípios da Região.
Esta manhã, numa iniciativa de campanha levada a efeito no Porto Santo, os socialistas salientaram que esta é uma das medidas que constam do programa nacional do PS que, naturalmente, também terá impacto na Região e será fundamental para ajudar a resolver o problema da habitação, também muito sentido no porto Santo, como puderam constatar pelos contactos mantidos com os porto-santenses.
Sofia Canha alertou, contudo, para a necessidade de estes montantes chegarem, efectivamente, às autarquias da Região, contornando o centralismo do Governo Regional, que, como referiu, “clama por autonomia, mas não a pratica em relação aos municípios”.
Nesta deslocação, a candidatura do PS aproveitou para criticar o facto de, à semelhança do resto da Região, também a ilha do Porto Santo estar de fora do reforço de verbas para habitação anunciado pelo ainda Governo da República. Ouvindo, de viva voz, as dificuldades também ali sentidas, os candidatos do PS assumem o compromisso de pugnar pela transferência de verbas da República para garantir que este direito fundamental possa ser assegurado também na ‘ilha dourada’.
O Porto Santo e a Madeira, não podem ser marginalizados, como têm vindo a ser nestes últimos meses de governação do PSD-CDS" Sofia Canha
A candidata referia-se ao facto de o ainda primeiro-ministro ter anunciado o reforço de verbas para a construção de habitação até 2030, mas não ter contemplado a Região.
Como se já não bastasse a dupla insularidade da ilha, com todas as contingências daí decorrentes, não podemos aceitar que os porto-santenses sejam tratados como se fossem portugueses de terceira” Candidata do PS-M
Em declarações junto a um empreendimento habitacional construído com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, na ‘ilha dourada’, a número dois da lista socialista às eleições do próximo dia 18, evidenciou também que se não fosse a sensibilidade do Governo do PS na República, nem estes fogos teriam sido edificados” e “estaríamos sem qualquer construção de novas casas”, porque a política do Governo Regional para este setor foi “nula”. “O Porto Santo não pode ser apenas o destino de férias dos governantes. Os porto-santenses também merecem mais e melhor habitação!”, vincou, citada pela assessoria de imprensa.
Sofia Canha aproveitou, aliás, para criticar o Governo Regional por estar a aproveitar-se dos recursos que foram atribuídos pelo Governo do PS na República para tirar dividendos eleitorais, já que, estando este empreendimento pronto, está a adiar a entrega das habitações apenas para as vésperas das eleições autárquicas.