
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta quinta-feira que a França irá reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro.
Através de uma publicação na rede social X, Macron divulgou a carta enviada ao Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, na qual confirma a intenção de França se tornar a primeira grande potência ocidental a reconhecer oficialmente o Estado palestiniano.
O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que Portugal não está pressionado a reconhecer o Estado da Palestina só porque França o vai fazer. Paulo Rangel recorda que esta já é a a terceira vez, "nos últimos quatro meses", que Emmanuel Macron fala sobre o tema.
"Portugal sempre esteve aberto a esse reconhecimento (...) Portugal é um país soberano e, portanto, a sua política não é definida pelos outros Estados, mas tem sido sempre articulada com Estados parceiros."
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, lamenta que o Governo português não reconheça Estado da Palestina. Em declarações àTSF, fala em "'divergência rara' entre diferentes Executivos de Lisboa, em matéria de relações externas".
João Gomes Cravinho acredita que se o Executivo de António Costa tivesse continuado, já teria reconhecido o Estado da Palestina.
O próprio Partido Socialista acusou esta quarta-feira o Governo de Luís Montenegro de ter "um silêncio ensurdecedor" quanto à situação na Faixa de Gaza.