Num discurso durante um jantar comício em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, Rui Rocha começou por associar o Chega à esquerda, antes de deixar um apelo aos mais de um milhão de eleitores que, nas últimas legislativas, votaram no partido de André Ventura.

"Eu sei que há muitos portugueses zangados, mas há uma opção que os portugueses que estão zangados com as lideranças políticas que tiveram responsabilidades nos últimos anos, há uma escolha que têm de fazer: têm a possibilidade de continuar zangados, de fazer opções que não levam a nenhuma solução, e têm a opção de dar à IL força na próxima eleição", afirmou.

Rui Rocha caracterizou a IL como "a força da mudança, a força do reformismo", que garantirá que os portugueses "fiquem no futuro menos zangados".

"Porque, se tudo continuar na mesma, com a AD, com a esquerda que teve no poder, então a zanga vai aumentar. Mas, se nós mudarmos, se nós formos capazes de ter coragem de dizer que a IL tem essa capacidade, essas pessoas, essa visão e essa coragem, o país vai mesmo mudar, vai mesmo para a frente, e vai haver menos portugueses zangados no futuro", previu.

Antes de Rui Rocha -- que, na sua intervenção, abordou também o setor económico e as promessas do partido de baixar impostos para as pessoas e empresas --, discursou o deputado e cabeça de lista da IL no distrito de Aveiro, Mário Amorim Lopes.

Após ter apelado à liberalização do setor ferroviário, Mário Amorim Lopes deixou críticas ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que acusou hoje a IL de representar um perigo para o país.

"O que é um enorme perigo, o que é um verdadeiro perigo é este caminho de estagnação em que Portugal está. O que é um enorme perigo é um país que não cresce, que não dá condições aos seus jovens para ficarem em Portugal, que não dá pensões aos seus pensionistas", disse.

Mário Amorim Lopes considerou que Portugal "é um país que não dá oportunidades, não dá acesso à saúde, não dá boas condições de educação".

"Isso é um perigo e isso a IL está aqui precisamente para resolver. Esse é o nosso grande desígnio. Portanto, o único perigo que há é continuarmos no caminho da estagnação. Do que nós depender, Pedro, isto vai ser resolvido e vamos acelerar o país", prometeu.

TA // JPS

Lusa/Fim