Foi atleta, professor de educação física, gestor de projetos de reinserção social em bairros de risco, professor universitário e diretor desportivo, primeiro no Benfica, onde durante seis épocas liderou a área de modalidades, e agora no árabe Al-Ittihad. Nas várias missões que Rui Lança foi assumindo, ao longo dos mais de 25 anos que soma de carreira, há um denominador comum: a paixão por liderar equipas e desenvolver pessoas. Traduziu-a para escrita.

Matilde Fieschi

Licenciado em Ciências do Desporto e mestre em Gestão do Desporto, Rui Lança soma seis livros publicados na área da liderança e treino de desempenho e além da carreira ligada à gestão desportiva, trabalha com gestores de equipas e diretores executivos em contexto empresarial, apoiando-o o seu desenvolvimento enquanto líderes. Do caminho que tem percorrido retira a convicção de que há muito mais semelhanças do que diferenças entre liderar uma equipa de desportistas de alta competição e fazê-lo em contexto organizacional, com os profissionais de uma empresa.

Rui Lança, diretor desportivo no Al-Ittihad, durante a gravação do podcast O CEO é o limite
Rui Lança, diretor desportivo no Al-Ittihad, durante a gravação do podcast O CEO é o limite Matilde Fieschi

Consciente de que “o contexto ajuda a definir a eficiência do líder” e que um bom líder num determinado cenário pode não o ser noutro, Rui Lança destaca que nas empresas, como no desporto, “deve jogar, deve competir, quem mais faz por merecer isso". E, por vezes, “não é quem é o melhor”, nota.

É por isso que defende que é importante que todos os elementos de uma equipa, sejam eles atletas reais, desportistas, ou os trabalhadores de uma empresa, tenham a consciência de que “a força do lobo é a sua alcateia”, o trabalho de todos dita o sucesso da equipa e o seu bom desempenho. E aponta, “para os profissionais que pensam que brilham sozinhos, o caminho é curto”, diz, acrescentando que a força de uma equipa enquanto todo dita o sucesso do seu desempenho.

“O melhor trabalhador de uma equipa tem de perceber que precisa daquele que brilha menos”, vinca. E essa mensagem, diz, é também trabalho do líder. Mas, lamenta, “há uma grande falha nas nossas organizações: o tempo que os líderes dão às suas equipas”.


O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer. Ouça outros episódios: