
O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil concluirá segunda-feira a votação que decide a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), já condenado a oito anos de cadeia por corrupção, informou hoje o tribunal.
Collor foi preso na última sexta-feira e a maioria dos juízes, seis dos 11 que compõem o tribunal superior brasileiro, já votou a favor de que o ex-chefe de Estado se mantenha na prisão, de modo que a decisão só poderá ser revertida se algum deles mudar de ideia.
O ex-presidente foi condenado em 2023 a oito anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro num caso na BR Distribuidora, subsidiária da petrolífera Petrobras, mas aguardava o julgamento do seu último recurso.
Na quinta-feira, o magistrado Alexandre de Moraes rejeitou o último recurso e determinou o "início imediato da condenação".
O presidente foi preso no aeroporto de Maceió, onde mora, e horas depois foi transferido para o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, onde ficará numa ala especial, devido à sua condição de ex-chefe de Estado.
Para tentar evitar a prisão, os seus advogados argumentaram que Collor tem "sérios" problemas de saúde, devido à sua idade (75 anos), como Parkinson e transtorno bipolar.
Fernando Collor de Mello foi considerado culpado por ter recebido 20 milhões de reais (cerca de 3,5 milhões de dólares ao câmbio atual) em subornos entre 2010 e 2014, quando era senador, por dar informações privilegiadas a uma empresa que participou de uma licitação convocada pela BR Distribuidora.