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Na audição, esta quarta-feira, na Comissão de Saúde, foram vários os temas polémicos, e que têm marcado a atualidade, em discussão, mas houve um em que a resposta da ministra Ana Paula Martins causou surpresa por admitir que a própria não tem informação. Falamos da gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Não há razão nenhuma para que o nosso SNS não tenha dados compreensivos por doente e por doença, quanto mais não seja para os portugueses e as portuguesas, e residentes em Portugal, que descontam com sacrifício todos os meses, saberem se que aquilo que estamos a fazer no SNS compensa e muito aquilo que investem, desde que bem gerido”, disse.
O que a ministra diz não saber é se o SNS “é bem gerido ou não” tendo em conta, justificou, “os dados que tenho”.
Nesta audição no Parlamento, a ministra da Saúde reconheceu ainda que é preciso alterar alguns das medidas previstas no plano do Governo para o setor e admitiu que tem sido difícil a cobrança de serviços a esrangeiros, ainda que tenha referido que representam uma percentagem mínima nos hospitais.
Ana Paula Martins deixou, porém, claro no Parlamento que as premissas do atendimento a estrangeiros no SNS estão bem definidas, apesar das dúvidas do Chega, que convocou a comissão parlamentar.
0,7% do total de utentes atendidos
Recorrendo a números concretos, a ministra da Saúde revelou que os imigrantes correspondem a apenas 0,7% do total dos utentes atendidos e recordou que, por lei, em Portugal não podem ser negados cuidados de saúde.
A governante indicou ainda aos deputados que cerca de 40% dos estrangeiros que recorrem ao SNS não têm um protocolo ou seguro que cubra os custos com os procedimentos.