
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje saber "onde se esconde" o líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, mas afastou, "por enquanto", tomar a decisão de matá-lo.
"Sabemos exatamente onde se esconde o chamado 'líder supremo'. É um alvo fácil, mas lá ele está seguro. Não vamos eliminá-lo (matá-lo!), pelo menos por enquanto", afirmou o chefe de Estado norte-americano na sua plataforma Truth Social.
Trump advertiu que não quer "que sejam disparados mísseis contra civis ou soldados norte-americanos" e destacou que "a paciência está a esgotar-se".
"Rendição incondicional", acrescentou, noutra publicação na rede social, o Presidente norte-americano, recorrendo à escrita em letras maiúsculas, como faz frequentemente para enfatizar a mensagem.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse na segunda-feira que o Governo que lidera fará "o que for necessário", quando questionado sobre a possibilidade de matar o 'ayatollah' Khamenei.
Trump abandonou abruptamente na segunda-feira a cimeira do bloco das sete economias mais industrializadas do mundo (G7) a decorrer no Canadá e regressou na madrugada de hoje a Washington para se reunir com a sua equipa de Segurança Nacional, no âmbito dos ataques entre Israel e o Irão, que duram há cinco dias.
Embora os Estados Unidos tenham negado qualquer participação nos ataques israelitas contra a República Islâmica, Trump sugeriu que a ofensiva ocorreu porque expirou o prazo que impôs a Teerão para fechar um acordo nuclear.
Israel iniciou em 13 de junho uma ofensiva contra o Irão, alegando ter como alvo o programa nuclear do país e a capacidade de fabrico de mísseis.
O Irão respondeu com o lançamento de mísseis e 'drones' contra diversas cidades israelitas.
Desde sexta-feira, terão morrido mais de 200 pessoas no Irão e cerca de três dezenas em Israel devido aos bombardeamentos mútuos, segundo as duas partes beligerantes.