O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, defendeu esta quarta-feira em Bruxelas uma "resposta firme" à entrada de tropas da Coreia do Norte na guerra russa contra a Ucrânia.

"As forças norte-coreanas estão a combater - e agora literalmente em combate -, o que exige e terá uma resposta firme", disse após um encontro com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Blinken destacou ainda a necessidade de serem reforçadas as parcerias com países da região do Pacífico, face à Coreia do Norte, cujas forças "entraram literalmente em combate" na região de Kursk.

Também Rutte advertiu que a entrada da Coreia do Norte no conflito representa "uma ameaça suplementar", tanto para os Estados Unidos da América, como para o Japão e a Coreia do Sul, dado que Moscovo fornece armas a Pyongyang em troca de apoio militar.

"Há que fazer mais para garantir que a Ucrânia pode continuar a combater e repelir a ameaça russa."

Neste sentido, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos garantiu que a administração Biden vai trabalhar até ao seu último dia para manter a ajuda à Ucrânia.

"[O presidente norte-americano Joe] Biden quer usar todos os dias até ao final do mandato para ajudar a Ucrânia."

Por seu lado, Rutte salientou a necessidade de se "aumentar a produção na defesa".

A presidência de Biden termina a 19 de janeiro e o dia seguinte marca o regresso de Donald Trump à Casa Branca para um segundo mandato não consecutivo.