A USAM apelou, hoje, à Assembleia Legislativa da Madeira para que reconsidere a sua decisão e promova uma "verdadeira concertação social inclusiva e representativa". Em causa está o facto da CGTP estar fora do Conselho Económico e da Concertação Social da Região Autónoma da Madeira.

Através de comunicado, a USAM quis tornar pública a sua posição de "plena concordância com a posição assumida" pelo Representante da República para a Região, relativamente à persistente exclusão da CGTP-IN da composição deste órgão.

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"Este episódio representa a continuação de um histórico preocupante, iniciado em 2018, quando foi publicada a primeira versão do diploma que excluía a CGTP do CECS-RAM. Nessa altura, o mesmo foi devolvido para reapreciação, devido às fragilidades democráticas que tal opção acarretava. Apesar do alerta, a Assembleia Legislativa confirmou a exclusão, consagrando-a em Decreto Legislativo Regional n.º 20/2018/M. Agora, sete anos volvidos e com uma nova alteração em curso, a exclusão repete-se, mesmo com o alargamento da composição do Conselho", aponta a USAM.

Aliás, considera que a CGTP, como central sindical com ampla representatividade e histórico de defesa dos interesses dos trabalhadores, não pode ser ignorada num espaço que visa precisamente o diálogo e a concertação social. "Tal exclusão fragiliza o debate plural, empobrece o processo democrático e silencia a voz de milhares de trabalhadores madeirenses", indica.