
O presidente do Chega, André Ventura, não revela a origem da lista de nomes estrangeiros que leu durante o debate parlamentar, mas garante que é pública.
Enquanto se debatia, na passada sexta-feira, as alterações à lei da imigração e da nacionalidade, o líder do Chega citou nomes de crianças estrangeiras para denunciar uma alegada "mudança cultural e civilizacional" em Portugal.
A situação exaltou os ânimos e levantou críticas de várias bancadas políticas.
Agora, André Ventura - irritado - não revela a origem da lista, mas garante que é pública. Considera ridículo que se discuta a leitura da lista.
"Não é abstrata (...). A lista é pública há bastante tempo. A deputada [Rita Matias] disse que utilizou como fonte uma lista que já era pública há muito tempo. O que a SIC está a publicar à noite eu também não vou publicar", afirma.
A deputada do Chega Rita Matias assumiu, à Rádio Observador, que o Chega não confirmou a veracidade da lista citada por André Ventura.
Aguiar-Branco desvaloriza o caso
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco desvaloriza o caso.
Diz que se trata do "exercício da liberdade de expressão" e que cabe a cada deputado assumir a "responsabilidade por aquilo que diz" no Parlamento.
"Posso gostar ou não gostar, posso fazer o exercício crítico e contraditar quem o diz e dizer que não concordo (...). Isto cabe naquilo que quem diz tem a responsabilidade e quem quer contraditar tem a liberdade de contraditar. Coisa diferente é dizer que não pode", afirma.