As assembleias de votos abriram em Caxemira, região de maioria muçulmana, às 07:00 (02:30 em Lisboa), num ambiente marcado por fortes medidas de segurança, como tinha acontecido nas duas primeiras fases das eleições.

A votação levou ao destacamento de um grande número de forças da polícia e paramilitares para uma das regiões mais militarizadas do mundo.

Estas são as primeiras eleições regionais na Caxemira indiana desde que o Governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, revogou unilateralmente, há cinco anos, o estatuto especial que o Estado possuía, provocando fortes protestos na região.

O último governo eleito em Caxemira caiu em junho de 2018, quando o Partido Bharatiya Janata (BJP), de Modi, se retirou de uma coligação governamental formada após as eleições regionais de 2014 com o Partido Democrático Popular (PDP).

O novo governo regional, no entanto, terá poderes limitados, cobrindo principalmente questões de educação e cultura, enquanto a autoridade legislativa e as decisões de segurança permanecerão nas mãos do Parlamento indiano e do Executivo de Modi.

A maioria dos partidos regionais prometeram restaurar o estatuto especial da região, que dava à Caxemira uma maior autonomia legislativa em relação ao resto dos estados da Índia, enquanto o BJP afirma que este estatuto não será novamente implementado.

Analistas prevêm uma elevada participação hoje, depois de nas duas fases anteriores, em 18 e 25 de setembro, terem votado mais de metade dos eleitores chamados às urnas. A contagem final dos votos está marcada para 08 de outubro.

A Caxemira indiana, marcada pela insurreição e pela violência durante décadas, é palco de confrontos regulares entre as forças de segurança e separatistas armados, bem como de boicotes eleitorais no passado.

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