
O UD Leiria anunciou recentemente as vendas de Alisson e de Djé D’Avilla, dois dos principais ativos do seu plantel e que rumaram a Sporting e Chicago Fire, respetivamente.
Pese embora a perda desportiva sofrida pelo emblema unionista, a verdade é que os valores em causa – principalmente o da venda de D’Avilla, cuja transação foi feita por cerca de €4 M – levaram a SAD a aceitar os respetivos negócios.
Antes de deixarem a formação da cidade do Lis, Alisson e Djé D’Avilla tinham dado um forte contributo para a boa época que os leirienses estão a realizar na Liga 2: o extremo brasileiro tinha contabilizado 18 jogos e seis golos, o médio costa-marfinense somava 26 partidas. Dados que tiveram, naturalmente, o dedo de Jorge Silas, atual técnico do UD Leiria – assim como, refira-se, a influência de Filipe Cândido, treinador que iniciou a época de Castelo ao peito.
Mas as vendas de Alisson e Djé D’Avilla também ajudaram a reforçar uma tendência que tem vindo a ser tese ao longo da carreira de Silas. Já depois de uma carreira de enorme relevo enquanto jogador – passou pela formação do Sporting e já enquanto sénior representou Atlético, Ceuta e Elche (ambos de Espanha), UD Leiria, Wolverhampton (Inglaterra), Marítimo, Belenenses, AEL Limassol , AEP, Ethnikos Achnas (todos de Chipre), North East (Índia) e Cova da Piedade, isto sem esquecer que chegou mesmo à Seleção Nacional de Portugal, pela qual contabilizou três internacionalizações -, Silas tem realizado bons trabalhos na pele de treinador e pode orgulhar-se de ter ajudado a potenciar jogadores que chegaram a patamares superiores depois de por si serem orientados.
Dentro da vasta lista de atletas que trabalharam com Silas, destaque, por exemplo, para Reinildo Eduardo Henrique, Fredy, Muriel, Luís Maximiano, Miguel Sousa, João Goulart, Ousmane Diao, Elias Olafsson, Sasso, Florent, Muriel, entre vários outros.
A julgar pela(s) amostra(s), Jorge Silas, de 48 anos, tem todas as condições para continuar a realizar trabalhos de qualidade nos clubes por onde passa – antes de rumar ao UD Leiria já tinha orientado Marítimo, Mafra, AEL Limassol (Chipre), Famalicão, Sporting, B SAD e Belenenses –, sendo certo que na época em curso ainda tem em aberto a possibilidade de lutar pela subida ao principal escalão do futebol nacional, isto porque, a seis jornadas do final da prova, o UD Leiria está no 6.º lugar da Liga 2, com 43 pontos, a 4 do Alverca, que está no 3.º posto (posição de play-off), a 7 do Vizela e a 11 do Tondela, as duas equipas que estão em zona de promoção direta à Liga.