
Passagem com tons de aflição para o Paris SG! Na deslocação ao Villa Park, o campeão francês teve de lidar com a crença do Aston Villa e alguma displicência própria à mistura para carimbar o acesso às meias-finais da Liga dos Campeões. O conjunto inglês até venceu (3-2), ficou a um golo de empatar a eliminatória, mas viu a equipa gaulesa, onde Vitinha, Nuno Mendes (marcou) e João Neves foram titulares, seguir em frente às custas de um brilharete de Donnarumma.
Apesar da eliminatória bem encaminhada por força do resultado registado no Parque dos Príncipes, nem por isso os villans entraram retraídos em campo. Pelo contrário, os pupilos de Unai Emery incidiram em cima dos últimos 30 metros parisienses com toda a força, mas não foram eficazes e rapidamente se viram em desvantagem.
Com espaço para explorar o contragolpe, Nuno Mendes encontrou Barcola em modo mota de pista e, na tentativa de servir Dembelé, o extremo francês deixou Emiliano Martínez e Pau Torres em dúvida. O guardião argentino recolheu a bola numa primeira instância, largando-a a tempo de Hakimi surgir imparável vindo de trás. Sem mácula, o lateral não perdoou e aconchegou ainda mais a sua equipa.
Sem reação nos primeiros minutos após a desvantagem, o Villa voltaria a agitar a partida com boas aproximações de Pau Torres - boa defesa de Donnarumma - e Morgan Rogers, antes de consentir nova contrariedade. Com todo o espaço do mundo após novo contra-ataque letal, Nuno Mendes respondeu de forma afirmativa ao passe mortífero de Dembelé e concluiu o 0-2.
Cada vez mais perdido na desvantagem, os villans não desarmaram e ainda reduziram antes do intervalo. Onana conseguiu o desarme e concedeu toda as condições para McGinn, Rashford e Tielemans fazerem a diferença no último terço. Em posição privilegiada, coube ao internacional belga encurtar distâncias com a ajuda de Pancho que, com um último toque, atraiçoou Donnaruma.
A crença foi muita, mas não chegou
Com o jogo e a eliminatória na mão, a equipa parisiense regressou demasiado passiva e adormecida e os efeitos colaterais não tardaram a surgir. De passadeira estendida, McGinn galgou todo o meio-campo francês e restabeleceu a igualdade através de um golo de fazer levantar o estádio. Estava reacendida a chama inglesa numas bancadas onde também pontificava o Príncipe William!
Daí em diante, o Paris SG raramente foi capaz de se reencontrar e bem pode agradecer a Donnarumma, protagonista de um sem-número de defesas brilhantes.
Ezri Konsa até restaurou a reviravolta e deixou o empate na eliminatória à distância de um golo - que lance de Rashford -, mas o guardião italiano provou o porquê de ser um dos melhores do mundo. Que o diga Tielemans e o recém-entrado, Marco Asensio.
Em desespero de causa, o Villa esteve à beira do 4-2 e do consequente empate da eliminatória através de Ian Matsen - Pancho deu o corpo ao manifesto -, mas o Paris SG, depois de tanto sofrimento desnecessário, sorriu e acedeu às meias.