O dia e a noite defrontam-se no sábado em Moreira de Cónegos. Enquanto o Moreirense venceu uma vez nas últimas dez jornadas, o Casa Pia perdeu apenas por duas ocasiões durante o mesmo período.

Na antevisão à receção aos gansos, César Peixoto mostrou-se confiante que a série de jogos sem ganhar dos cónegos está perto de chegar ao fim: «Não é o nosso melhor momento em termos de resultados, mas o que a equipa tem produzido nos últimos jogos diz-me que estamos muito perto de dar o clique e de as coisas voltarem à normalidade. Aqui ou ali faltou-nos uma pontinha de sorte, que às vezes também é preciso nestes momentos para desbloquear os resultados. No Estádio da Luz, para além de fazer dois golos, criámos bastantes oportunidades. A equipa está cada vez mais forte, mais coesa e mais confiante.»

Para César Peixoto, apesar da derrota (3-2), a boa exibição dos cónegos frente ao Benfica demonstra a evolução dos seus pupilos desde o início do ciclo negativo. Ainda assim, o treinador minhoto lamenta que os resultados não traduziam a excelente réplica dada aos encarnados nas duas voltas da Liga: «Eu acho que é sempre bom nós fazermos boas exibições, mas não nos deu nada. Nós queríamos era trazer de lá no mínimo um ponto e acho que era justo. Nos dois jogos com o Benfica, nós fizemos tudo bem feito e acabámos por não trazer os pontos que merecíamos. Podíamos ter mais três e estaríamos aqui muito mais tranquilos.Quem joga da forma como jogou contra o Benfica é uma equipa que está saudável e que está capaz de vencer seja quem for.»

Depois da derrota na Luz, segue-se o Casa Pia, uma das equipas em melhor forma na Liga. O treinador dos cónegos traçou as principais características do modelo de jogo dos gansos «Vamos defrontar uma boa equipa que está num bom momento o treinador está de parabéns pelo trabalho que está a fazer. O Casa Pia, para além de defender bem e ser organizada, é uma equipa que se expõe mais e que tenta jogar também mais o jogo pelo jogo e acredito que seja um jogo mais aberto.»

«Acho não vêm com essa estratégia de estar fechado e aproveitar só uma transição, sendo que a transição ofensiva deles no contra-ataque é um dos pontos mais fortes mas acredito que seja um jogo mais dividido e que possam haver mais espaços e que, com isso, consequentemente, nós temos mais capacidade de aproveitar esses espaços e sermos mais agressivos, sermos mais ofensivos.», antecipou César Peixoto.

Quando questionado sobre a integração e utilização dos seis reforços de inverno que o Moreirense recebeu no início do ano, o treinador de 44 anos respondeu com cautela: «Precisam de tempo. Temos que trabalhar para levá-los para o nível dos que já cá estavam e ter a paciência de lhes dar o tempo necessário para eles equipararem, seja em termos físicos, seja em termos de adquirir o que é o modelo de jogo, o que é as dinâmicas da equipa, para depois os conseguirmos utilizar por mais tempo.»

«São reforços jovens, vêm de outro contexto e de outros campeonatos. Aguns, apesar de estarem a jogar, o ritmo não é o mesmo, a intensidade e a agressividade da nossa liga é diferente. Precisam de tempo. Saíram jogadores já feitos e já perfeitamente enquadrados, Para já acho que temos que ir com calma.», reforçou César Peixoto, que na Luz chamou ao jogo a partir do banco os reforços Jorquera, Ivo Rodrigues e Cédric Teguia.

Nos primeiros sete jogos caseiros da época, o Moreirense não perdeu e até travou Benfica (1-1), Sporting (2-1), para a Liga, e o FC Porto (2-1), para a Taça de Portugal. Depois de um registo inicial impressionante, os cónegos não vencem como visitados há três jornadas, desde o embate contra os leões, a 5 de dezembro.

Para inverter este cenário recente, César Peixoto apelou a uma maior moldura humana no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas Moreirense para o encontro frente ao Casa Pia: «Nós queremos voltar às vitórias e quantos mais adeptos vierem melhor para nós. Os jogadores gostam de jogar com estádio cheio, como jogámos no Estádio da Luz. Que apoiem muito os jogadores até ao final, porque eles têm trabalhado muito para conseguirem voltar às vitórias. Vai acontecer se estivermos todos juntos.»