
O FC Porto lançou um novo empréstimo obrigacionista relativo ao período compreendido entre 2025 e 2028. Confirmado o avanço do dossiê, Pereira da Costa, administrador da SAD, comentou a utilidade que este ato irá representar para o clube em declarações dirigidas às plataformas sociais dos dragões.
De relembrar que o valor nominal inicial de 30 milhões de euros do exercício, poderá ascender aos 50 milhões de euros mediante as oscilações do mercado.
Sobre o empréstimo: «Trata-se de mais um empréstimo obrigacionista que se insere totalmente na nossa estratégia de financiamento do FC Porto e passa por termos, essencialmente, a nossa dívida financeira assente em empréstimos obrigacionistas de retalho como este que estamos agora a lançar e o empréstimo obrigacionista de longo prazo que foi lançado em novembro do ano passado, a Dragon Notes, de 115 milhões.
A prazo, gostaríamos de ter a totalidade da nossa dívida financeira em empréstimos obrigacionistas de retalho como este último e o empréstimo obrigacionista de longo prazo, portanto uma dívida financeira total à volta de 200 milhões de euros. O empréstimo que estamos a lançar agora destina-se a refinanciar um empréstimo existente de 50 milhões que vence agora em abril de 2025.
Vamos lançar este empréstimo com um montante de 30 milhões, mas, obviamente, dependendo da procura, podemos vir a aumentar o montante até ao limite máximo de 50 milhões. Não queremos ultrapassar o montante do empréstimo que vence agora, mas, obviamente, gostaríamos de o refinanciar na totalidade.»
Objetivo do empréstimo: «Esta operação e este empréstimo obrigacionista, como as operações de financiamento que temos vindo a fazer e que concretizamos no final do ano, destinam-se essencialmente a pagarmos passivo. No final do ano passado já pagámos um montante bastante significativo, chamemos-lhe de passivo desportivo, portanto estamos a falar em dívidas que tínhamos a clubes de futebol por transferências de jogadores e outras dívidas gerais a fornecedores gerais.
Conseguimos também já começar a reembolsar alguma dívida financeira. No final do ano passado reembolsámos uma operação de papel comercial e outra operação mais pequena de empréstimo bancário. Já no início deste ano, e o prospeto desta operação faz referência a isso, amortizámos, em termos extraordinários, cerca de 16 milhões de euros da dívida financeira que está associada aos direitos televisivos.
A concretização deste empréstimo obrigacionista de retalho vai permitir-nos continuar a pagar, neste caso, mais passivo e mais dívida financeira, sendo que, em particular, o passivo ou a dívida associada aos direitos televisivos tem uma taxa de juro bastante elevada e bastante onerosa para o FC Porto, acima dos 10 por cento. Trata-se, no fundo, de emitirmos dívida mais barata, a 5,5 por cento, que nos vai permitir reembolsarmos dívida financeira que está contratada a níveis bastante superiores e, portanto, também com isso, contribuir para a continuação da recuperação financeira do FC Porto.»