Como extremo que era e é, Candeias explicou a Record o que lhe pedia concretamente Francesco Farioli em jogo.

"Muita reação à perda, não deixar respirar o adversário... Ele gosta muito do jogo com bola. Eu joguei com ele também em 3x4x3 e fazia o corredor todo. Fisicamente, era uma exigência muito grande, mas se há coisa que ele não abdica é de uma boa reação à perda. Quer logo pressão alta, não dá descanso ao jogador, o jogador tem que estar sempre ligado. Com ele, joga quem treina bem, por isso todos os jogadores têm que estar ligados a 100 por cento", avisa Candeias, através de Record, mostrando-se pouco admirado com a ascensão da carreira do italiano.

"Ele antes de ir para o Alanyaspor teve abordagens do Fenerbahçe. Depois,soube que teve abordagens do Sp. Braga e houve um outro clube em Portugal, que também me perguntou sobre ele", revelou o extremo, sem esconder os pormenores

"O Sp. Braga perguntou por Farioli ao [Wilson] Eduardo, porque ele tinha jogado no Sp. Braga e tinha lá boas relações, mas houve uma altura em que o Famalicão também me perguntou por ele. Eu até lhes disse que era a altura ideal para pegarem nele, porque eu sabia que a qualquer momento isto podia acontecer. E aconteceu com o Nice, depois com o Ajax. Ele atingiu um patamar muito alto e isso não me surpreende nada", vinca Candeias, considerando que a experiência europeia de Farioli pode fazer toda a diferença no provável casamento com o FC Porto.

"Ele é um treinador que estuda muito bem, e certamente antes de ir para o Nice estudou muito bem o campeonato francês, é um treinador que está sempre a procurar evoluir, que tem interesse por vários campeonatos. O que ele fez na Holanda... Ele nunca tinha treinado na Holanda, e certamente estudou bem o campeonato holandês, para o trabalho que ele fez, como fez no Nice. Tenho a certeza de que será bem sucedido em Portugal, nomeadamente num clube como o FC Porto, que precisa de um treinador como ele, com paixão e com vontade de ganhar. Vontade de ganhar não lhe falta", certifica Candeias.