Com sofrimento até ao fim, o Vitória venceu o Mlada Boleslav por 2-1 e chegou à nona vitória consecutiva na Europa nesta temporada. Tiago Silva inaugurou o marcador de penálti, perto do intervalo, e Óscar Rivas aumentou as contas perto da hora de jogo. Kusej reduziu para os checos, mas de nada valeu.

O Vitória parecia ter o jogo controlado, mas o relaxamento apoderou-se da equipa e erros básicos deram vida ao Boleslav. Os Conquistadores - precipitados e erráticos - quase deitaram tudo a perder na parte final.

Favoritismo confirmado

O favoritismo vimaranense não se fez sentir desde o apito inicial. Os checos entraram com muita velocidade, mas passados cinco minutos todo esse ritmo se esfumou. Desde aí - e como se previa -, houve domínio dos da casa.

Tiago Silva abriu as contas @Rogério Ferreira / Kapta+

Apesar do volume ofensivo mais acentuado do Vitória, as oportunidades não apareciam com muita frequência. Kaio César foi errático na definição do passe e Chucho Ramirez teve dificuldades a jogar de costas para a baliza. O Mlada, embora não tivesse muita bola, conseguiu sair desde trás com qualidade e bater a pressão vitoriana - algo que deixou Rui Borges visivelmente irritado.

Foi através de remates de fora da área que os Conquistadores conseguiram criar o maior perigo: Arcanjo atirou à figura e Tiago Silva deixou a baliza a abanar com um remate poderoso à barra. Ramírez apareceu duas vezes em boa posição, mas o venezuelano não foi eficaz no capítulo da finalização.

Já perto do intervalo, Kaio César foi carregado na área por Fulnek (primeira parte desastrosa) e Tiago Silva fechou o primeiro tempo a dar a vantagem ao Vitória SC, num jogo que nunca saiu do controlo da equipa.

Ânsia europeia não bateu coração vimaranense

Pela entrada do Vitória no segundo tempo, o intervalo parecia não ter existido. A turma de Rui Borges entrou com a mesma fome de golo com que tinha acabado a primeira metade e começou a criar perigo bem cedo. Bruno Gaspar, com sobreposições pela direita, foi fulcral no momento ofensivo. Trmal mostrou-se a grande altura no regresso a Guimarães, beneficiando também de um Vitória perdulário.

A segunda parte foi ainda mais de sentido único do que a primeira e esse manter de ritmo da equipa vimaranense acabou por dar frutos. Na sequência de um canto - imagem de marca do Vitória de Rui Borges -, Óscar Rivas coroou a estreia de rei ao peito com um golo. Depois de um desvio de Manu, o espanhol apareceu a desviar ao segundo poste para o fundo das redes.

Além da tranquilidade, o segundo golo trouxe relaxamento, sentimento traiçoeiro e do qual o Vitória já sofreu dissabores não faz muito tempo (relembre-se o jogo diante do Boavista). Primeiro, uma desatenção de Varela levou-o a tocar com a mão fora da área. Depois, Borevkovic facilitou na marcação - num lance relativamente controlado - e Vasil Kusej aproveitou para reduzir.

O Vitória sofreu até ao fim, pela subida de ímpeto dos checos e por culpa própria - falhou oportunidades flagrantes e permitiu que o Mladá partisse para cima. Passado o sufoco, o vitória fez o pleno europeu até ao momento.