Diogo Costa (7) - Após a noite agridoce em Famalicão, na qual foi réu no golo de Aranda e herói ao voar para defender penálti marcado pelo espanhol, ganhou no mano a mano a Buksa (33’), que se isolara mesmo pressionado por Nehuén Pérez. De resto, só os lançamentos de linha lateral de Bech incomodaram.
Martim Fernandes (6) - Com João Mário lesionado, o lugar de lateral-direito pertence-lhe, numa época em que, à entrada para o duelo frente ao campeão dinamarquês em título, participara em 18 jogos (1176’) enquanto o concorrente pela posição esteve em 17 (918’). Aos 18 anos, revelou de novo que é solução, a defender e a atacar.
Nehuén Pérez (6) - Indiscutível no centro da defesa, agora ao lado de Otávio, depois de ter convivido com Tiago Djaló, o argentino só apanhou um susto, quando Buksa se isolou (16’) — foi obrigado a persegui-lo e viu de perto Diogo Costa salvar.
Otávio (7) - Quarto encontro seguido a titular, concluída travessia do deserto iniciada em meados de setembro. Disse presente com excelente corte na área, a desviar para canto remate de Buksa (16’). Veloz, bem posicionado, justifica o atual estatuto de titular.
Galeno (6) - A experiência resultou na reviravolta da Supertaça, diante do Sporting, quando baixou para lateral-esquerdo no decorrer da segunda parte, e nas primeiras quatro jornadas da Liga mereceu a confiança de Vítor Bruno para jogar mais recuado. Depois, Francisco Moura, chegado do Famalicão, garantiu a titularidade, perdida ontem para Galeno voltar a um lugar onde tinha sido feliz. Dois remates disparatados de fora da área não ofuscaram exibição segura, sempre ciente do que a tarefa pouco habitual implicava.
Alan Varela (5) - Suplente utilizado em Famalicão (90+2’), regressou ao onze para fazer dupla no meio-campo com Eustáquio — Nico González cumpriu castigo, curioso perceber quem será o sacrificado no duelo ante o E. Amadora... O argentino navega em águas mais revoltas, sem clareza de ideias, talvez a pior fase da época.
Eustáquio (7) - Do pé direito do internacional canadiano saiu o cruzamento para Namaso brilhar, momento alto de uma noite em que foi o farol que deu segurança aos companheiros. Jogar simples é princípio que respeita e cumpre na perfeição. Só um mau passe (90+1') em zona proibida destoou, mas Diogo Costa também lhe podia ter facilitado a vida na maneira como o serviu.
Namaso (7) - Desde 2020 nos dragões, as duas temporadas iniciais a ganhar embalagem na equipa B, nunca o avançado inglês foi aposta tão regular como agora com Vítor Bruno. Em 19 partidas soma 1002’, melhor registo é de 1077’ em 36 desafios em 2022/23. Logo na metade inicial balançou as redes de Ólafsson. De cabeça, na área, respondeu a cruzamento da direita de Eustáquio e beneficiou de desvio da bola em Bech (29’).
Pepê (6) - Procura-se confiança. Na esquerda, penou nos 45 minutos iniciais, desinspirado, conforme se constatou num passe sem nexo que originou contra-ataque perigoso que morreu num corte de Otávio (16’). A fechar, disparou de fora da área, gritou-se golo, em vão, mas estava dado o mote para segunda parte de bom nível. Quase faturou, servido por Samu, felicidade interrompida com bela intervenção de Ólafsson (54’). Rápido a desmarcar-se, agradeceu gentileza de Fábio Vieira antes de assistir o certeiro Samu (56’).
Samu (7) - Mais um golo para a coleção (56'), desvio na pequena área a passe de Pepê, a quem quase ofereceu um, negado ao brasileiro por Ólafsson (54'). O guarda-redes ainda evitou que o espanhol bisasse (60').
Iván Jaime (5) - Bom passe para Samu arrancar (71').
Gonçalo Borges (4) - Nada lhe saiu bem, apesar do esforço e da coragem para arriscar.
Vasco Sousa (5) - Grande corte para canto (90+1').
Tiago Djaló (-) - Lateral-direito improvisado.
Rodrigo Mora (-) - Batalhador, mas sem tempo.