5 Diogo Costa — Um susto na parte final da primeira parte, quando Turgeman, lançado em profundidade, rematou forte, à entrada da área, outro susto, com traços de terror, quando num remate cruzado, Davida enviou a bola à barra da sua baliza. Escorregou muitas vezes por causa de um relvado que não esteve ao nível de um jogo da UEFA. Quase traído por um desvio de calcanhar de Lemkin, a defesa saiu incompleta, para corte definitivo de Otávio. Um pouco ansioso.

6 Tiago Djaló — Atuação não tão exuberante como a de Otávio, a parte final do jogo foi um sufoco, mas o que viu foi uma defesa solidária e a cooperar, num diálogo permanente que o central estimulou, como habitualmente o faz.

5 Eustáquio — A novidade no desenho tático de Anselmi, embora se soubesse da apetência do argentino em ter um médio entre os centrais, para projetar os laterais para o ataque. O luso-canadiano não será exatamente o perfil desejado por Anselmi, mas, no atual contexto, a sua competência a sair com bola tornou-o no candidato natural ao lugar. Combativo, mas algo vulnerável quando a equipa perdia a bola, valendo a atenção de Otávio.

7 Otávio  — Anselmi tem aqui um nome forte para o presente e futuro do seu sistema. Fortíssimo nos duelos, teve um conjunto de cortes determinantes, e o calibre da sua exibição levou-o até a rasgar horizontes e a aparecer na área contrária em lances de bola corrida. Um jogo quase sem erros e com assertividade nas ações.

7 João Mário — Cruzamento açucarado aos 52’ para Namaso, mas o inglês não acertou no alvo na melhor ocasião do FC Porto, até então. Na segunda tentativa, com a mesma precisão no cruzamento, colocou a bola de forma irresistível na cabeça de Nico González, e o espanhol não falhou.

5 Alan Varela — Na primeira parte, embora o domínio da equipa não tenha produzido resultados práticos, Varela destacou-se pela consistência. Nos momentos em que foi necessário recuar e sofrer, o argentino demonstrou inteligência tática, simplificando processos e contribuindo para o esforço do coletivo.

5 Francisco Moura — Deu muita largura ao ataque nos primeiros 45 minutos e descobriu bem Namaso na área, mas a noite não estava destinada a correr bem ao inglês. Acusou o desgaste no segundo período de jogo, protegeu-se mais, até ser rendido por Zaidu.  

5 Pepê — Ainda longe do seu nível, ainda assim bom arranque de partida, trouxe algumas, (poucas) ideias, mas parece continuar bloqueado em matéria de criatividade. Mostrou dedicação dentro das suas possibilidades e mostrou-se recetivo às orientações de Anselmi, mas parece travar uma luta interna para recuperar o estatuto de referência sólida na construção do jogo ofensivo.

4 Namaso — É ponta de lança de formação, o golo é uma ciência que dominava relativamente bem na formação até começar a ficar cada vez mais distante da baliza adversária, ora no flanco esquerdo, ora nas costas da referência de ataque principal. Sem Samu, não conseguiu encontrar o caminho para o golo, falhando mesmo em aspetos técnicos como cruzamentos que não chegaram ao destino correto. Teve duas boas oportunidades, aos 52’ e aos 59’, ambas sem sucesso. Abandonou o jogo aos 66’.

4 Fábio Vieira — Posicionado à esquerda, teve uma participação discreta no ataque durante o primeiro tempo, mas destacou-se com um passe brilhante para Moura ao explorar a sua zona preferida, a interior. No segundo tempo, trocou de flanco, mas continuou sem alcançar um impacto significativo. Foi substituído aos 66’, já após o FC Porto ter assumido a vantagem no marcador.

4 Deniz Gul — Entrada discreta do nórdico, numa fase em que o Maccabi Tel Aviv se lançou sem medo para o ataque à procura do empate.

5 Vasco Sousa — Trabalhador. Não entrou numa altura propícia para olhar para a frente. Recuou e ajudou.

5 Galeno — Importante para segurar a bola e fixar o lateral-direito. Tentou procurar o remate, mas os israelitas não lhe deram espaço.

4 Zaidu — Quando Anselmi dispensou dar largura ao ataque, o nigeriano foi mais um a defender.

(-) Zé Pedro — Foi preciso recuar o bloco e Anselmi não hesitou em lançá-lo.