Eram quatro, agora são cinco. O Sporting sofreu aos 90+6 e empatou em Vila das Aves, aumentando para cinco os jogos sem vencer. O jogo parecia resolvido mas Diomande complicou as contas para a sua equipa, ficando quase com a responsabilidade dos dois pontos perdidos.

O central costa-marfinense e Gyokeres construíram uma vantagem tranquila no primeiro tempo, mas um penálti e uma expulsão colocaram indefinição no resultado até ao final. Na compensação, Gustavo Mendonça atirou um míssil e empatou a partida, colocando Sporting e Benfica em igualdade pontual com 12 jogos para jogar.

Depois da série negativa e da onda de lesões que assola o plantel leonino, Rui Borges fez regressar Gyokeres e Trincão e lançou um estreante no miolo. Alexandre Brito foi o escolhido para acompanhar Debast no meio-campo, sendo que Quaresma ocupou a posição de lateral direito, empurrando Fresneda para a frente. Já Rui Ferreira tirou Gustavo Assunção, colocando quatro jogadores de características ofensivas num 4-4-2.

Não estavam cansados?

Mal Fábio Veríssimo apitou para o início da partida, o Sporting mostrou uma vitalidade que não se havia visto nos últimos jogos. Rotativos e bem oleados, os leões começaram a chegar a zonas de perigo e a empurrar o AFS às cordas.

@Catarina Morais / Kapta +

Na primeira oportunidade, o Sporting mostrou sagacidade. Na sequência de um canto, um cruzamento de Trincão encontrou a cabeça de Diomande e o costa-marfinense fez o primeiro da partida, com oito minutos de jogo. Numa primeira instância, Pedro Martins levantou a bandeirola mas o VAR acabou por confirmar uma posição regular do defesa do Sporting - seis centímetros em jogo.

Depois do marcador estar inaugurado, o AFS reagiu e chegou perto da baliza de Rui Silva, que negou o golo a Zé Luís por duas vezes, depois de dois lances bem trabalhados pela equipa de Rui Ferreira. O Sporting voltou a tomar conta do jogo depois de alguns minutos de perigo avense e Gyokeres começou a abrir o livro, antecipando o que iria acabar por ser inevitável. Ochoa ganhou o primeiro duelo com o sueco, o segundo nem por isso...

Pouco depois da meia hora, uma excelente jogada coletiva dos leões colocou a bola nos pés de Gyokeres e o sueco foi decisivo. Trincão ludibriou a defesa desde a direita para o centro, lançou Maxi Araújo - o melhor do Sporting no primeiro tempo - e este serviu o avançado nórdico para o golo. 0-2 e tudo adiantado para o Sporting regressar à liderança.

No que restou do primeiro tempo, o Sporting esteve mais próximo do 0-3 do que os da casa de reduzir, mas o resultado manteve-se ao intervalo.

Diomande dá, Diomande tira

Rui Borges alterou uma peça ao intervalo, mexendo em mais algumas no esquema da equipa. Matheus Reis rendeu Quaresma, transladando Fresneda para a posição de defesa direito e Maxi Araújo para extremo esquerdo. Todos eles em posições mais naturais.

O segundo tempo começou mais enfadonho, sem grandes oportunidades e história até ao minuto 70´. O Sporting foi mantendo a sua veia pressionante, mas pareceu algo meigo com bola, com dificuldades na ligação e a dar laivos do Sporting recente.

Depois de 25 minutos de pouca qualidade, os dois momentos do jogo aparecem aos 70´ e aos 79´. Esses momentos têm um nome comum: Ousmane Diomande. O marfinense foi herói e passou a vilão na segunda, cometendo uma grande penalidade e, passado pouco tempo, viu o cartão vermelho.

Primeiro atingiu a cara de um adversário com a mão dentro da grande área, oferecendo a grande penalidade a Zé Luís, que não vacilou. Depois, um pisão negligente levou Fábio Veríssimo - com recurso ao VAR - a expulsá-lo. Sporting em apuros claros nos últimos minutos.

Na compensação, o impensável aconteceu. Tal como no jogo com o Benfica, o AFS marca aos 90-6´, na sequência de uma bola parada. Gustavo Mendonça encheu o pé e atirou uma bomba para o fundo das redes de Rui Silva.