Quem nunca teve um problema e e imediatamente encontrou um amigo com uma solução, quase que elementar, para o mesmo? ´Em cinco minutos resolve-se o assunto´ é uma frase dita por muitos e ouvida por outros tantos. Foi assim que o SC Braga resolveu o encontro com o Arouca.
Ao invés de um amigo, foram dois: Racic e Ricardo Horta resolveram todos os problemas dos arsenalistas na fase em que o problema - o Arouca - tem mais dificuldades para voltar a aparecer: o final da primeira parte. Um golo e uma assistência para cada um, aos 39´ e 44´, deixaram o SC Braga muito tranquilo na partida.
Trezza reduziu e deixou os nervos dos bracarenses à flor da pele, mas o SC Braga manteve-se forte e não deixou que os arouquenses levassem pontos da Pedreira.
Horta e Racic Lda. - Empresa de Construção (de vitórias)
Na busca pelo último lugar do pódio, sendo o título já um objetivo quase utópico, o SC Braga alterou duas peças para o jogo com o Arouca. Gorby e Fran Navarro - lesionado - deram lugar a Racic e El Ouazzani, enquanto do lado arouquense saltaram três peças do onze diretamente para a bancada. David Simão - acabou a época por lesão -, Sylla e Nándin saíram da ficha de jogo e Pedro Santos, Puche e Yalçin entraram para os seus lugares.
Ainda numa fase embrionária do jogo, o SC Braga mostrou vontade de ir prontamente atrás de um golo da tranquilidade, mas o Arouca mostrou-se sólido defensivamente. Os Guerreiros do Minho tentaram procurar os corredores para ferir a equipa adversária mas foram esbarrando na fraca execução dos seus intervenientes. Nico Mantl agradeceu e controlou a seu belo prazer.
Os da Serra da Freita procuraram estabelecer o jogo apoiado desde trás, tocando curto para atrair e desmontar os bracarenses e, na primeira vez que o conseguiram fazer, a bola beijou a rede bracarense. Jason fez golo mas os 33 centímetros à frente do último defesa não deixaram os cerca de 150 adeptos visitantes festejarem. Dois minutos depois aconteceu o reverso da moeda, com Gabri Martínez a fazer o golo, mas 45 centímetros em posição irregular.
A partida estava animada e dividida, sem grandes oportunidades, até Pedro Santos entregar o ouro ao bandido. O médio - ex-SC Braga - fez um passe disparatado, Racic recuperou e entregou para Ricardo Horta fazer o primeiro golo (válido) do jogo quando o relógio marcava 39´minutos. Cinco minutos depois, os dois jogadores arsenalistas inverteram os papéis. Horta bateu o canto à direita e o sérvio, nas alturas, fez o segundo do SC Braga.
Tarefa difícil para o Arouca tentar reverter no segundo tempo.
Balança mas não cai
À vista desarmada, a tarefa da equipa de Vasco Seabra para o segundo tempo parecia hercúlea e essa análise não fugiu muito da realidade. O SC Braga entrou comprometido e não deu uma nesga de espaço aos forasteiros no primeiro quarto de hora.
Os bracarenses tinham o jogo no bolso, mas o Arouca não se deixou acomodar pelas dificuldades causadas pelo adversário. Aos 68´ minutos, Trezza reduziu após um passe de Henrique Araújo. A passividade defensiva dos da casa denotou-se como até então não havia acontecido.
O golo abriu espaço para sonhar e o clima no Municiopal de Braga começou a ficar tenso com a ameaça adversária. As borboletas na barriga dos adeptos transportaram-se para dentro de campo e a equipa começou a demonstrar algum nervosismo na fase final do encontro.
Quem não sentiu o nervosismo foi Carlos Carvalhal. Mesmo com alguma indefinição no resultado, o timoneiro braguista e bracarense lançou os miúdos. Afonso Patrão e Rúben Furtado entraram e não se tentaram esconder da responsabilidade.
Já na fase final do encontro, Mansilla ainda deu um arrepio na espinha da Pedreira. Por duas ocasiões, o uruguaio tentou a sua sorte e até chegou a acertar no poste da baliza de Hornicek. Bruno José Costa apitou para o final do encontro e o SC Braga respirou de alívio, já no terceiro lugar.