Na apresentação aos seus associados, o Estrela da Amadora não conseguiu conquistar o Troféu José Gomes – foi mais forte o Belenenses, após desempate por penáltis (7-6, após 1-1 em tempo regulamentar), mas acabou por erguer um troféu, na principal surpresa da noite, perante mais de 4.000 espectadores.

Quando a partida se encontrava no intervalo, o presidente da SAD dos amadorenses, Paulo Lopo, desceu ao relvado, acompanhado pelas antigas glórias Basaúla, Rebelo e Duílio, para anunciar que o Estrela conseguiu recuperar, para o seu museu, a histórica Taça de Portugal de 89/90, única conquistada pelos tricolores no seu historial, e que se encontrava à guarda do tribunal devido à penhora motivada que conduziu o clube da Reboleira à falência e até à sua extinção.

«Hoje estamos numa casa que podemos dizer que já é nossa, já está comprada, está paga, já é nossa. Conforme prometemos em Assembleia Geral, esta casa é nossa. Estes são os nossos homens, o nosso passado, que nos deixou muito orgulho e só faltava chegar uma coisa à nossa casa, que levaram daqui há muito tempo e que hoje tinha de voltar aqui novamente, às mãos do nosso capitão [Duílio] - a nossa Taça de Portugal, que daqui nunca devia ter saído», congratulou-se assim o líder estrelista.

O troféu foi trazido por um drone, que sobrevoou o relvado e desceu até junto do presidente estrelista, que voltou a erguer o troféu, mais de 35 anos após a sua conquista, e este percorreu a bancada principal para que os associados do emblema amadorense pudessem ter contacto com um dos maiores símbolos da história da instituição.