O FC Porto B enfrentava um confronto direto com caráter de final face à proximidade do Paços de Ferreira, adversário na manhã deste domingo e rival direto na luta pela manutenção, e respondeu afirmativamente com uma vitória tangencial, mas certamente saborosa (1-0).

Proibida de perder para evitar a disputa de um play-off pela permanência, a equipa B dos dragões assumiu maior iniciativa, ainda que com visíveis reservas na primeira parte. Após o intervalo, e com o Paços reduzido a dez por expulsão de Gonçalo Cardoso, aos 40', os azuis e brancos patentearam superioridade e o golo de Tiago Andrade, aos 74', revelou-se decisivo.

A primeira parte foi decorrendo num registo de equilíbrio e com uma situação mais perigosa a favor do FC Porto B, aos 11', por Felipe Silva, que cabeceou ao lado - sairia lesionado poucos minutos depois.

Até ao intervalo, houve lugar a uma incidência que favoreceu os objetivos dos dragões: Gonçalo Cardoso recebeu ordem de expulsão e obrigou o Paços de Ferreira a jogar reduzido a dez unidades a partir do minuto 40.

Apesar de condicionados pela inferioridade numérica, os pacenses conseguiram manter-se organizados e até dispuseram da primeira ocasião de perigo do segundo tempo, na qual Gonçalo Nogueira cabeceou para grande defesa de Samuel Portugal aos 64'. 

O FC Porto B recorreu ao banco de suplentes para puxar para si o encontro - e o resultado que procurava - e as entradas de Caicedo e Melnichenko revelaram-se acertadas e muito particularmente este último: aos 74', cerca de sete minutos após a sua entrada, o bielorrusso desviou a bola com a cabeça para o interior da área para novo toque de cabeça, pertencente a Tiago Andrade, para o único golo da partida.

Até final, houve ainda lugar a duas grandes penalidades: a primeira, aos 85', beneficiava o Paços de Ferreira mas a análise do VAR permitiu reverter e anular a decisão e, aos 90+2', foi o FC Porto B que beneficiou de um castigo máximo, por mão de Ícaro, mas na cobrança Leonardo Vonic não conseguiu bater o guarda-redes Jeimes.

Os dragões não conseguiram, por isso, ampliar a vantagem, mas a diferença mínima revelou-se suficiente e a esperança de garantir a manutenção direta foi reforçada, pois a distância para o Paços é agora de dois pontos - os portistas chegaram aos 28 pontos, os pacenses mantêm os 30.