
FC Porto (8) e Oliveirense (4) já venceram a Taça Hugo dos Santos. Tanto quando ela passou a ser designada Taça da Liga, como quando foi recuperada e rebatizada ao regressar à responsabilidade da federação. No entanto, em 34 edições, 14 das quais já como THS, os dois clubes nunca se defrontaram na final. Isso vai terminar!
Com uma vitória sobre o Benfica, por 95-104 após prolongamento (21-24, 19-27, 21-23, 23-10, 11-20), na semifinal da Final Four, em Gondomar, os dragões garantiram a presença na finalíssima deste domingo (16h30) contra o conjunto de Oliveira de Azeméis e afastaram o detentor e recordista do troféu (13) que lhes ganhara no embate decisivo (72-66) em 2023/24.
Melhor, os homens de Fernando Sá, que apesar de terem permitido que o rival de Lisboa obrigasse 5m extra no clássico (84-84) depois deste apenas ter liderado uma única ocasião (6-5), mantêm a hipótese de continuar a arrebatar todas as competições disputadas até ao momento, após já terem ganho a Supertaça e Taça de Portugal.
Além do mais, no sempre especial duelo entre as atuais maiores potências do basquete nacional, foi o quinto clássico da temporada, os azuis e brancos ampliaram a vantagem para 4-1. Uma dessas vitórias aconteceu, precisamente, na decisão da Supertaça (93-97 a.p.). A outra, na meia-final da Taça de Portugal (94-84). O único desaire verificou-se na visita à Luz, na fase regular da Liga Betclic (82-77).
«Deixámo-los ganhar vantagem na fase inicial. Tivemos dificuldades na defesa de algumas coisas que estavam a fazer. Com a mudança defensiva conseguimos ir buscar o jogo e depois tivemos a última bola para ganhar [no 4.º período], mas não marcámos. Fizemos um esforço enorme para voltar a discutir o resultado, nisso os rapazes estiveram bem. No prolongamento, o único jogador do FC Porto que estava com coragem para marcar era o Landis, e tivemos duas distrações que lhes permitiu ganhar uma pequena vantagem», analisou o treinador dos encarnados Norberto Alves.
Assim foi. O Benfica, depois do 6-5, não conseguiu travar o lançamentos assertivo do adversário e ao sofrer um parcial de 0-11 (8-20) que incluiu três triplos, permitiu o primeiro desnível que ainda conseguiu anular nos 4m que restavam no quarto inaugural respondendo com 13-4 (21-24).
O início do período seguinte trouxe nova diferença apoiada nos lançamentos longos dos azuis e brancos: 2-11 (23-35), a que os da capital voltaram a responder (32-35), também com triplos, mas daí imporem uma zona 2x3 no 4.º período que atrapalhou os dragões e provocou a sequência de 11-2 (76-80) foi sempre a tentar anular o prejuízo.
Depois de igualar a 84-84 a 46 s do apito final, Trey Dreschel (13 pts, 11 res) falhou o lançamento que daria a vitória a 1s do fim.
Esperava-se mais emoção mas, no arranque do prolongamento, Max Landis (29 pts, 4 ass), com dos triplos, Toney Douglas (16 pts, 4 res, 8 ass), com quatro pontos seguidos, e Xeyrius Williams (17 pts, 7 res), com outros dois tiros para lá dos 6,75m, praticamente resolveram o embate (90-100) a 1.28m do apito final.
«Foi um jogo em que nos voltámos a sentir bem e confortáveis enquanto o Benfica esteve em situações de homem contra homem. Mas quando passou para zona 2x3 demorámos um bocadinho a adaptarmo-nos. Por duas razões: parámos de defender, tivemos de organizar o ataque e perdemos a grande vantagem que possuímos nas transições ofensivas. Mas conseguimos serenar, partilhamos melhor a bola e fomos agressivos nas penetrações. Depois, no prolongamento conseguimos vencer», explicou o líder dos nortenhos Fernando Sá.