Já jogou e até já marcou, mas só esta segunda-feira é que João Félix foi apresentado como reforço do Milan, por empréstimo do Chelsea. 

E o extremo falou sobre o peso de Sérgio Conceição na decisão de se mudar para o Milan, disse que se as coisas correrem bem até gostaria de continuar para lá do empréstimo. Foi ainda questionado sobre o exemplo de Rui Costa, que brilhou no Milan como jogador e confirmou que houve interesse do Inter. 

O que falou com Sérgio Conceição: «Já conhecia o treinador, já tinha jogado contra ele e seguia-o. Disse-lhe o que esperava: jogar na minha posição. Ele nunca me disse se eu ia jogar muito ou pouco, mas sim na minha posição. Foi isso que me convenceu a vir para o Milan.» 

 É um dos jogadores portugueses mais caros da história...: «Para já, estou emprestado até junho. Vamos ver como correm as coisas. De momento, estou a gostar muito de tudo: do clube, das pessoas, das instalações. Fui muito bem recebido. O mais importante é estar onde me sinto bem e sinto-me bem aqui. Depois, no futebol, as coisas podem mudar, mas se houver uma oportunidade de ficar no Milan, gostaria de o fazer.» 

Qual é o seu objetivo nestes seis meses? «O meu objetivo é ajudar o clube, a equipa e vencer títulos. A carreira de um jogador é feita disto: títulos. O importante é vencer e este é o meu objetivo. Enquanto eu estiver cá, o meu objetivo é vencer títulos e nada mais." 

Como é que Rafael Leão o recebeu? Disse-lhe alguma coisa para o convencer? «Devo dizer que ele foi o primeiro a telefonar-me para me perguntar se era verdade que eu vinha. Perguntou-me se eu ia assinar ou não, e assim que assinei ele telefonou-me e ficou muito contente. Temos uma boa relação, já nos entendemos bem dentro de campo. Gosto de o ter ao meu lado» 

É verdade que houve interesse do Inter? «Sim, o meu agente falou-me sobre isso. Disse-me que o Inter estava interessado. Mas eu já tinha começado a tratar com o Milan e já tinha em mente vir para o Milan. Disse que seria impossível, já tinha decidido vir para cá." 

San Siro apaixonou-se logo por si: «E eu apaixonei-me logo pela atmosfera de San Siro. Vivi esse ambiente no Benfica e no Atlético de Madrid, mas devo dizer que aqui a atmosfera era diferente. Não esperava uma receção como esta, sentia-se o carinho dos adeptos. Uma atmosfera incrível, espero que continue assim.» 

Sobre Rui Costa: «Claro que conheço o Rui Costa. Quando joguei no Benfica ele trabalhava lá, agora é o presidente. Falei muito com ele quando estava no Benfica, mas nos últimos anos não temos falado muito. Não me lembro de quando ele jogou no AC Milan, o que sei vi no YouTube. Mas sei que é um ídolo aqui, fez história, como Kaká.» 

Jogador que o inspire: «O meu futebolista [preferido] sempre foi o Kaká. Nunca falei com ele sobre o Milan, mas já troquei ideias com ele no passado. Ele é um ídolo para mim, mas não posso me comparar a ele. Espero fazer história como ele.» 

Rui Costa tem 55 assistências no Milan. Vê-se mais como alguém para fazer assistências ou para marcar golos? «Não há dúvidas, prefiro marcar golos. Se eu tiver de entrar na história do Milan, preferia que fossse por causa dos golos e não pelas assistências» 

Porque escolheu o número 79?  «É um número ao qual sou muito ligado, foi o meu primeiro número como profissional. É um número especial, vai estar sempre presente na minha carreira. Sempre gostei dele. 79, 14, 11, 7... Não são os números que fazem a diferença, mas este é especial.» 

Na Serie A não há muitos extremos como Félix... «Farei tudo o que o treinador me pedir, em qualquer altura e em qualquer função: darei o meu melhor e estarei à disposição do treinador e da equipa.»