
Está tudo pronto para o pontapé de saída no Campeonato Europeu Feminino de 2025. A 14ª edição da competição será, pela primeira vez, disputada na Suíça - a grande anfitriã da prova.
Agora, o zerozero conta-lhe tudo o que precisa de saber para acompanhar de perto a terceira participação consecutiva de Portugal na maior prova europeia de seleções.
- Horários
Ao contrário do sucedido no último Campeonato do Mundo disputado na Oceânia, estão de regresso os horários «normais».
Os jogos estão agendados para as 17 e as 20 horas na fase de grupos, sempre com dois duelos a serem disputados por dia. A partir da fase a eliminar, as partidas estão datadas para as 20 horas.
A final, que se jogará no dia 27 de julho em Basileia, está marcada para as 17 horas.
- Grupo exigente
Como já se sabe, Portugal está integrado no grupo B, um grupo de grande nível - tal como o que as Navegadoras tiveram de enfrentar no decorrer da fase de grupos da Liga A da Liga das Nações.
A Equipa das Quinas voltará a encontrar Espanha e Bélgica, adversários da última grande competição de seleções disputada, mas reencontra a Itália cinco anos depois - o último duelo aconteceu na Algarve Cup em 2020, que o conjunto italiano venceu por 1-2.
O historial recente entre Portugal e Espanha demonstra cinco derrotas nas cinco partidas disputadas entre as formações ibéricas desde 2015. Com as belgas, desde 2018 que o histórico se equilibrou com um empate e duas vitórias para cada uma das seleções.
Espera-se um grupo equilibrado, mesmo face aos últimos resultados obtidos pela formação comandada por Francisco Neto - que terminou a fase de grupos da Liga das Nações com a despromoção à Liga B da prova.
- Estádios
Oito estádios, oito cidades. Serão assim repartidos os duelos deste Europeu em que Portugal vê Genebra como o seu quartel-general.
St. Jakob-Park será o palco da final, mas também de três jogos da fase de grupos - entre eles, a partida inaugural entre Suíça e Noruega - e, ainda, de um dos confrontos dos quartos-de-final. É o estádio com maior capacidade - 34.250 pessoas.
Portugal irá jogar diante da Espanha em Berna, no Stadion Wankdorf - o segundo maior estádio da prova, com capacidade para 29.800 adeptos.
O duelo frente à Itália será disputado no Stade de Genève e as Navegadoras encerrarão a fase de grupos no estádio mais pequeno da competição, em Sion, com capacidade para 7.750 pessoas.
- Prize Money
Fora das quatro linhas, será um Campeonato Europeu de recordes, face ao habitual. Com um total prize money recorde de 41 milhões de euros - um aumento de 156 por cento face a 2022.
Por participação no torneio, cada seleção recebe 1,8 milhões de euros. Por cada vitória na fase de grupos, arrecada 100 mil euros, enquanto o empate vale apenas 50 mil. A qualificação para os quartos-de-final rende 550 mil euros, mas o passaporte para a meia-final vale 700 mil.
O vencedor do Campeonato da Europa levará consigo o prémio adicional de 1,75 milhões por levantar o troféu na final, enquanto a medalha de prata vale 850 mil euros.
- Adesão e Direitos televisivos
A UEFA afirma que este Campeonato da Europa está «pronto para ser a edição com maior impacto de sempre».
O objetivo previsto de telespectadores não foi divulgado, mas o objetivo da organismo é superar o recorde de público de 575.000 pessoas do Europeu de 2022. A UEFA pretende vender todos os mais de 600 mil bilhetes disponíveis e espera atrair um grande número de adeptos. A mesma fonte adianta esperar um impacto económico previsto de até 193 milhões de francos suíços.
Em Portugal, a Sport TV será a estação responsável pela transmissão dos jogos da Seleção Nacional, bem como todos os restantes da competição.
13 edições, cinco vencedores
É preciso recuar até 1984 para encontrar a primeira edição e o primeiro vencedor do Campeonato Europeu. Volvidos mais de 40 anos, a 14ª edição está à porta e já cinco seleções distintas tiveram a honra de levantar o troféu.
Mais de 200 jogos, quase 600 golos e bem mais de 1000 jogadoras pisaram o palco da maior prova europeia de seleções - como o zerozero demonstra na sua base de dados.
A eterna Suécia foi a primeira seleção a considerar-se campeã europeia, num torneio disputado por Itália, Inglaterra e Dinamarca, ainda em 1984. Na edição seguinte, três anos depois, foi a vez da Noruega inscrever o nome na taça.
Os quartos-de-final surgiram em 1989 e, aqui, começou a surgir a hegemonia alemã que venceu a prova em duas edições consecutivas, antes da Noruega voltar a conquistá-la em 1993.
Em 1995, a Alemanha voltou a garantir o título, antes da nova mudança de formato. A fase de grupos foi introduzida em 1997 e, mesmo com essa alteração, ninguém impediu as alemãs de vencer os restantes quatro títulos de forma seguida. Foram seis edições, uma atrás da outra, com o título a ser pintada de preto, amarelo e vermelho.
O paradigma mudou apenas em 2017 - mais de 20 anos depois. Os Países Baixos sagraram-se campeões europeus em casa diante da Dinamarca. A última edição viu o futebol regressar a casa, com a Inglaterra a garantir o primeiro título europeu da seleção feminina sénior. Agora, em 2025, nova história será escrita.
- Mais títulos: Alemanha (8)
- Totalista em participações: Suécia e Dinamarca (14 presenças - contando com 2025)
- Mais jogos: Alemanha (54)
- Mais vitórias: Alemanha (42)
- Jogadora com mais títulos: Birgit Prinz e Doris Fitschen (5)
- Jogadora com mais presenças: Antonella Carta, Carolina Morace e Heidi Støre (7)
- Jogadora com mais jogos:Birgit Prinz e Doris Fitschen (25)
- Jogadora com mais golos:Heidi Mohr e Carolina Morace (16 golos)