Marca, assiste... e torna a marcar! Parece repetição de outros tantos jogos resolvidos pelo sueco, mas não é. Este sábado, Viktor Gyökeres voltou a colocar o leão às costas e construiu uma nova vitória - por 0-3, diante do Estrela, na 27ª jornada da Liga Portugal Betclic - para o campeão nacional e líder da prova.

Antes de mergulharmos nos 90 minutos: está de volta o futebol de clubes - e, aqui entre nós, caro leitor, que falta fazia! Casa cheia, tarde de sol, cânticos dentro e fora do estádio... Depois da pálida pausa para seleções, era necessário voltar a ligar à corrente a ficha do entusiasmo.

Entre lesões e suspensões, Rui Borges continuou bastante debilitado no meio-campo e, por isso, apostou na dupla Debast & Felicíssimo - quem diria que, na reta final do campeonato, a lutar pelo título, o Sporting ia entrar em campo com um defesa acabado de chegar e um júnior. Do outro lado, José Faria promoveu o regresso de Bucca e lançou Fábio Ronaldo pela direita, face à ausência já sabida de Diogo Travassos.

Mandar sem convencer

Sobre o jogo, a entrada leonina - esta noite, de branco - foi autoritária. Na primeira meia dúzia de minutos, ninguém estranharia se o Sporting estivesse em vantagem.

No primeiro lance, Quenda isolou Gyökerres, que disparou para uma defesa apertada de João Costa. Pouco depois, o tiro - desta feita, de Matheus Reis - não aqueceu as luvas, mas sim o poste da baliza tricolor.

A posse do campeão nacional deixou de se traduzir em oportunidades flagrantes, mas continuou a existir. Jogou no meio-campo ofensivo, mas nem sempre conseguiu libertar os criativos - Trincão e Quenda.

Felicíssimo foi titular @Kapta+

Do outro lado, depois do abano inicial, o Estrela recompôs-se e conseguiu empurrar o leão da sua grande área, mas os esforços caseiros eram inferiores para incomodar minimamente Rui Silva.

Mesmo com os índices do esforço atingissem níveis máximos, a missão de bater o Sporting seria sempre exigente. Ficou ainda mais complicada ao minuto 34, quando Guilherme Montóia viu o segundo cartão amarelo e deixou o Estrela reduzido a dez unidades.

Mais complicada, mas não impossível e a realidade é que os leões, tirando o remate de Gyökeres no primeiro minuto, nunca mais remataram à baliza - apesar de, claro, encostarem mais o adversário ao balcão da área.

Apareceu o cometa Viktor

Não estava fácil para o lado tricolor, nem propriamente acessível para o lado verde e branco. Pedia-se mais no segundo tempo e um ex-leão tratou de atalhar o caminho para o grande objetivo do Sporting.

Alan Ruiz foi displicente na área e acertou, com o braço, em Diomande. O VAR alertou, o árbitro concordou e Gyökeres não perdoou.

Daí em diante, em vantagem numérica e no marcador, os homens de Rui Borges mostraram-se mais tranquilos e à vontade para arriscar mais no último terço - natural, face às circunstâncias.

O Estrela tentou fazer o que pôde com as condições que tinha e Chico Banza ainda dinamizou o ataque da casa, mas nada a fazer.

A noite era de Viktor Gyökeres - mais uma! Sentiu o adversário ferido e... matou o jogo com duas machadadas.

Primeiro, assistiu para o bom golo de Quenda. Depois, ganhou novo penálti - estrelistas reduzidos a nove. Não havia outra opção: tinha de bater e bisar. 13ª grande penalidade assinalada a favor dos verde e brancos neste campeonato, que, assim, ultrapassaram o vizinho encarnado no topo da classificação deste capítulo - os campeões marcaram todos, os vice desperdiçaram só um.

Com este resultado, o Sporting volta à liderança isolada - com mais um jogo que o Benfica. O Estrela, por outro lado, continua aflito, pelos lugares vermelhos da classificação.

Rui Borges continua líder @Kapta+