
Desde que chegou a Famalicão, Hugo Oliveira tem deixado clara a intenção de praticar um futebol positivo, de olhos postos na baliza e jogado cara a cara com os adversários, em casa ou fora. A próxima deslocação será a Alvalade, mas o plano não muda. A ideia é medir forças com o Sporting sem recorrer a jogos mentais ou a outros mecanismos que possam irritar o adversário.
Jogo: "Esperamos muitas dificuldades, num jogo extremamente difícil, perante o campeão nacional, que joga sempre para ganhar. Sabe que esta liga será decidida ponto a ponto, jogo a jogo e não pode facilitar. Esperamos um jogo difícil, mas que é um bom jogo para nós, um jogo para tentarmos colocar o nosso jogo, como tentamos sempre. É bom para nos testarmos e chegarmos ao fim e tentarmos estar felizes com o que fizemos."
Olhar para dentro: "Nós temos uma forma de estar pragmática, que olha por nós, mas que sabe que é um jogo que implica jogar contra um adversário. Um adversário que temos de conhecer, trabalhamos sempre em função de preparar o adversário durante a semana, mas a olhar para o que somos nós. É nisso que acreditamos e é isso que temos tentado mostrar. Olhar para os nossos princípios, somos uma equipa coletivamente forte e esse é o objetivo, chegarmos aos jogos preparados. Queremos chegar a Alvalade e disputar o jogo, sabendo que vamos encontrar uma equipa recheada de bons jogadores, que está melhor e que está a lutar pelo título. Vamos ter de a olhar nos olhos e vamos estar preparados se formos o Famalicão que preconizamos: sólido e coletivo."
Rótulo de equipa defensiva: "Só posso falar depois de estar cá. Quando chegámos, uma coisa que apontavam era a dificuldade em criar. O Famalicão não é nem vai ser equipa que queima tempo, que atira bolas para o campo, que manda guarda-redes cair. Mas são tudo momentos do jogo. Tentamos atacar, criar situações. Há jogos em que não o conseguimos, mas vamos sempre tentar. É nesse desenvolvimento que acreditamos."
Exemplo da derrota na Luz: "Podemos fazer a análise de forma subjetiva e objetiva. Subjetivo é óbvio que teria de ser assim, com semanas e tempo de trabalho, teria de haver evolução. De forma objetiva, pelos resultados. A tática é o critério da verdade e os resultados têm sido positivos, mas tenho vindo a sublinhar que há muito para fazer. Queremos trazer o melhor de cada um, estamos a caminhar para aí, mas temos um longo caminho de evolução. Vamos continuar nesta senda. Este último jogo foi a prova de que começámos a ganhar maturidade coletiva que nos permite voltar à normalidade depois de resultados não tão bons. Não tivemos resultado positivo na Madeira, mas na semana seguinte estivemos ao nosso nível e tivemos um resultado positivo. As equipas sólidas são as que sabem por que perdem e rapidamente voltam ao seu perfil. É um clube que sabe para onde quer ir, tem uma equipa técnica que está ligada ao projeto e os jogadores acreditam. Mas são jogos e este vai ser muito difícil, perante um adversário que sabe que tem que ganhar, que sabe que um percalço pode ter influência. Vamos lá para fazer o nosso jogo e para lutar pelos pontos, pela vitória e para sairmos, acima de tudo, conscientes de que respeitamos o nosso jogo."
Europa mais próxima: "Não me foi pedido nenhum objetivo quantitativo, o que me foi pedido foi para desenvolver a equipa e os atletas. É o projeto em que acredito. Se tivermos melhores jogadores e equipas os resultados serão melhores. O nosso foco é o dia a dia, jogo a jogo, trabalhar nesse sentido. Obviamente os jogos contam pontos e a tabela ditará o resultado final."
Saldo positivo de golos: "A palavra diz a verdade. Se é positivo o caminho é esse. Trabalhamos para chegar ao fim com saldos positivos. Queremos uma equipa que faça golos, que crie situações, que não sofra. Criámos muitas situações contra o Rio Ave, mas a bola não passou a linha. Temos de saber que, do ponto de vista objetivo, não temos sofrido e temos sido sólidos. Temos impedido os adversários de criar."
Arbitragem: "Confio muito nos árbitros portugueses, a experiência diz-me que temos quiçá dos árbitros que melhor entendem o jogo. Podem cometer erros, tomar decisões certas ou erradas, mas procuro não me preocupar muito com isso. Acho que podia haver mais diálogo entre todos os intérpretes e que o futebol poderia sair beneficiado."
Jogar com a ansiedade do Sporting: "O Famalicão joga com as suas ideias, com o seu jogo e tenta sempre criar situações para criar golos e tentar que o adversário não o faça. Não vamos fazer jogos mentais durante o jogo, vamos jogar futebol. É um jogo de futebol, são os jogadores que o jogam. É o campeão nacional, vai tentar colocar-se em cima de nós, mas nós estamos lá para disputar o jogo."