João Pereira, treinador do Casa Pia, foi formador esta semana no curso UEFA A da Federação Portuguesa de Futebol. Uma situação... curiosa, uma vez que esta época não foi aceite no curso UEFA PRO (Nível IV), que lhe permite ser treinador principal, podendo estar de pé no banco ou dar indicações. Ou seja, não pode ser aluno no último curso... mas tem autorização para ser formador no curso abaixo.

Recorde-se que, em abril, o técnico de 33 anos lamentou o facto de ter sido excluído, questionando os critérios de triagem: "Não digo que tenha ficado surpreendido, mas triste. Abdiquei de fazer esse mesmo curso na Escócia, onde fiz o UEFA A, durante dois anos. Candidatei-me por duas vezes ao UEFA A em Portugal e nunca consegui entrar. Como sou de ir atrás de soluções, procurei noutras federações e por ter tirado o UEFA A na Escócia, surgiu o convite para fazer o UEFA Pro e abdiquei dessa exclusividade, pensando que o poderia tirar aqui, em Portugal."

"Se tiver saúde, se continuar a corresponder como treinador, daqui a 10, 15, 20 anos, seja o tempo que for, estiver numa grande liga, gostava de dizer que tirei o UEFA Pro em Portugal. Eu sou português, cresci em Portugal, gosto da forma como ensinamos em Portugal e gostaria de tirar esse curso. Contudo, acredito muito na modernização desta nova Federação. Pedro Proença diz que olha para o passado como ponto de partida para o futuro, acredito e tenho esperança que possam ser mudadas situações não tão corretas. Se calhar, privilegiando a meritocracia, a excelência. Não só beneficiaria treinadores, mas também iria beneficiar direções que foram audazes e pensaram 'fora da caixa'. Se impedirem esta progressão de carreira, não se consegue avançar. Acredito que esta direção vai encontrar uma solução para este problema", sublinhou, na altura.