
O empresário norte-americano John Textor reconheceu no sábado ter cometido erros de gestão no Lyon, emblema treinado pelo português Paulo Fonseca, que foi despromovido administrativamente à Ligue 2.
"O nosso êxito fora de campo não correspondeu ao nosso sucesso dentro do relvado", reconheceu à agência AFP o proprietário do Lyon e dos brasileiros do Botafogo, que também conta com o técnico luso Renato Paiva.
A decisão da Direção Nacional de Controlo de Gestão (DNCG) de despromover o clube à segunda divisão francesa foi anunciada na terça-feira, depois se ser ouvido John Textor e Mickael Gerlinger, o diretor para o futebol.
O organismo de fiscalização financeira do futebol francês não ficou convencido com os argumentos de John Textor, enquanto o clube manifestou que a decisão é "incompreensível" e anunciou que irá "recorrer imediatamente".
"Vou afastar-me deste processo. Temos pessoas, parceiros, que vão avançar", explicou Textor em Filadélfia, nos Estados Unidos, à margem da eliminação do Botafogo do Mundial de Clubes (1-0 frente ao Palmeiras).
O empresário norte-americano admitiu que os seus esforços para redução da dívida do Lyon, que tinha terminado a Liga francesa em sexto lugar, não foram suficientes.
"Como acionista maioritário da Eagle Football, é evidente que não posso conseguir isso com a DNCG, por isso vamos trazer novos rostos para o jogo e trabalhar de forma muito construtiva com eles", referiu ainda.
John Textor é igualmente proprietário dos belgas do Molenbeek e anunciou recentemente a venda da sua parte no Crystal Palace, com a sua parte a ser transacionada com Woody Johnson, dono do 'franchising' New York Jets (futebol americano).
"Acabámos de vender o Crystal Palace, por isso claramente não temos dificuldades financeiras. Nunca tivemos tanto dinheiro", admitiu John Textor no sábado, em declarações à TV Globo, referindo existirem outras questões no processo.
No mesmo dia em que foi anunciada a despromoção, Textor emitiu um comunicado informando que o clube irá recorrer da decisão.
"Vamos apresentar um recurso para demonstrar a nossa capacidade para fornecer os recursos financeiros necessários para garantir a manutenção do Olympique Lyonnais na Ligue 1", referiu.
Já na sexta-feira, o emblema voltou a abordar o assunto, informando ter validado o seu procedimento de viabilidade financeira com a UEFA, o que lhe permite disputar a Liga Europa de futebol 2025/26, caso assegure a manutenção.
"[Assinámos] um acordo com o organismo de controlo financeiro de clubes da UEFA (...) sujeito a um desfecho favorável no recurso à decisão" da entidade reguladora financeira do futebol francês, explica o emblema treinado pelo português Paulo Fonseca.