Uma falha insólita de John Victor marcou o duelo entre o Botafogo, de Renato Paiva, e o Estudiantes, esta quinta-feira, a contar para a terceira jornada da Libertadores. O emblema de La Plata triunfou, por 1-0, e impediu a aproximação dos cariocas à zona de qualificação da prova.

Desta forma, o conjunto argentino alcança os seis pontos e ocupa a vice-liderança do grupo A, apenas a um ponto da Universidad de Chile. O Fogão, por sua vez, soma três pontos e encontra-se no terceiro lugar da tabela. Na próxima jornada, o Bota enfrenta o último classificado, Carabobo, na Venezuela.

Falha insólita custou caro

Os pupilos de Renato Paiva tentaram controlar a partida desde cedo e o Botafogo esteve muito perto de abrir o marcador, logo aos dois minutos de jogo. Savarino trabalhou bem pela esquerda e cruzou para o interior da área, onde Artur, que surgiu livre, cabeceou. O camisola '7' não conseguiu acertar bem na bola e enviou-a ligeiramente por cima da baliza.

Enquanto os cariocas temporizavam o ritmo de jogo, em busca de uma chance para sair em contra-ataque, o Estudiantes pressionava e acampava em zonas mais avançadas. O emblema argentino apresentou algumas dificuldades, porém, para penetrar os espaços interiores e apostou em tiros de longa distância - sem o sucesso desejado.

O primeiro lance de verdadeiro perigo surgiu à passagem do minuto 29 e teve como protagonista o emblema de La Plata. Na sequência de um pontapé de canto, Guido Carrillo ganhou nas alturas e cabeceou forte, mas John Victor mostrou reflexos apurados e afastou para novo canto. Na conversão, outra jogada de perigo, mas o camisola '9' dos argentinos foi incapaz de catalisar a investida.

Foi na terceira tentativa, e da forma mais inesperada, que Carrillo inaugurou as hostilidades da partida. O avançado, que estava bastante pressionado pela oposição, arriscou o remate de muito. A bola ainda sofreu um desvio no adversário e perdeu força no caminho para a baliza, mas John falhou - e de forma insólita - a defesa. O guardião mediu de forma errada a trajetória da bola e deixou o esférico escapar para o interior da própria baliza.

Noite difícil para o Botafogo

O Botafogo iniciou o segundo tempo da mesma forma que o primeiro: com uma bela chance de perigo para igualar o marcador. Artur tentou causar estragos com um remate de cabeça, no interior da área, mas a iniciativa não levou a força desejada e Mansilla agarrou o esférico sem dificuldade.

Face à desvantagem, o conjunto orientado por Renato Paiva tentou propor mais o jogo, até porque o adversário recuou, mas continuou a errar muito, principalmente na tomada de decisão. Numa jogada de contra-ataque, Gabriel Neves foi protagonista de uma ótima chance para dilatar a vantagem, mas atirou para fora.

O Fogão arriscou mais e conseguiu responder com um contra-ataque rápido, orientado por Igor Jesus. Savarino viu Mansilla adiantado e tentou resolver sozinho, com um remate de muito longe. O esférico tirou tinta à barra e, no ressalto, nenhum colega de equipa conseguiu desviar para o interior da baliza. Faltava inspiração ao Botafogo.

A formação carioca lutou até ao final, na tentativa de reduzir a desvantagem no marcador, mas sem sucesso. O alvinegro acordou tarde demais, viveu mais uma noite infeliz e voltou para casa de mãos vazias.