
Mangala foi, esta segunda-feira, o protagonista no Estádio António Coimbra da Mota, onde recebeu um grupo de jovens jogadores oriundos da GK Academy, de França, liderada por um futebolista em atividade, Ibrahim Koné, defesa do Lusitanos de Saint-Maur, e acompanhados pelos respectivos pais no âmbito de uma parceria com a The Green Changers Club, projeto do qual o central do Estoril é fundador, em parceria com o seu assessor, Christian Ferreira.
O futebolista de 34 anos contou com a companhia dos restantes jogadores francófonos que militam no plantel dos canarinhos - Rafik Guitane, Kévin Boma, Manga Foe-Ondoa e Philippe Lanquetin - para um dia de palestras sobre as respetivas experiências de carreira.
À margem do evento, Mangala mostrou-se satisfeito com o atual papel no grupo de trabalho do Estoril. «Quando tive a lesão no joelho, tive mais tempo para pensar na minha vida e vi as coisas de forma diferentes. Comecei a ver, acima de tudo, que o futebol era só uma parte da vida», reconheceu.
«Hoje tenho mais experiência, tenho a minha vida, o que faz com que eu consiga fazer as coisas de uma forma diferente. Posso dar apoio ao jogador que é mais novo, dependendo do momento da temporada há ações que poderei fazer. Sei o que um jogador está a viver e consigo chegar até eles. Por vezes, só o fato de poder chegar a uma pessoa pode ajudar muito no seu crescimento dele e evolução », observou o central, realizado.
«Só a minha presença talvez faça que consiga que o meu colega consiga exprimir-se de uma forma mais calma», reconheceu Mangala que, por fim, deixou uma revelação a A BOLA. «Quando voltei ao Estoril, disse que queria jogar mais 5 anos. Fazer mais 5 temporadas e depois acaba, passar a fazer outra coisa. É esse o meu objetivo e pode ser isto, já o estou a fazer, mas de uma forma a 100% será depois de acabar a carreira. Depois desta temporada, mais três», projetou, completamente integrado ao clube e também à cidade.
Também reconhecido pelo papel de companheiro e de líder que Mangala exerce estava Rafik Guitane que, também ao nosso jornal, não se furtou a elogiar o colega e compatriota – Guitane é internacional argelino, mas nascido em França.
«O Mangala é um jogador incrível e uma pessoa incrível também. Tem muitos projetos na sua vida e tentamos sempre fazer o melhor com as melhores pessoas e os melhores jogadores: para nós, ele é um dos melhores jogadores, é incrível», frisou o criativo.