Após a vitória frente ao Nacional (3-0) na última jornada do campeonato, Martín Anselmi explicou a opção por Martim Fernandes no onze e não considerou que este tenha sido o melhor jogo da equipa sob o seu comando, apesar do resultado avolumado.

"Olhando para o resultado podia dizer-se que foi o nosso melhor jogo. Num jogo em que encontrámos menos superioridades e fluímos pior, acabámos por fazer mais golos. É futebol. Creio que tivemos um arranque muito bom, nos primeiros dez minutos, depois o resto da 1.ª parte não foi boa. Depois na 2.ª parte, recuperamos o controlo com a entrada do Tomás Perez. Quando começamos a juntar passes, temos paciência e damos um passe em frente, o Fábio atira à barra e depois o Samu aparece à frente do guarda-redes e dá penálti", começou por analisar, em declarações à Sport TV.

Surpresa de Martim no onze: "Vínhamos a trabalhar com o Martim na construção a três, porque uma construção a três não tem de ser com três centrais, pode ser com um médio e dois centrais, ou com dois centrais e um lateral. Cada opção te dá coisas diferentes, com os seus prós e os seus contras. Martim ia-nos dar verticalidade, permitir-nos desdobrar e ganhar as costas, profundidade. Entendemos que juntando com João Mário e com o Fábio Vieira a vir para dentro, ele se ia incorporar e íamos ganhar superioridade contra uma linha de cinco."

Tiago Margarido admitiu ter sido surpreendido. Estas mudanças são importantes para isso? "Sabíamos que íamos surpreender, porque nunca jogamos em 4-3-3, com dupla largura nos dois lados. Daí esses 10 minutos de superioridade ao rival, porque quando preparas uma semana à espera do adversário de uma forma e depois não encontras isso é normal. Eles acabaram por se acomodar bem e podiam ter empatado na 1ª parte. Quando voltamos ao nosso sistema, quando a entrada de Tomás para o lado do Alan Varela, com o Fábio e o Rodrigo a formarem um quadrado, atrás do avançado e depois sim com uma saída a três, a equipa ficou mais confortável, o rival teve de voltar a adaptar-se e recuperámos a nossa essência."

Samu falou em tontices: "Não sei. Não me parece que a equipa esteja distraída."