De loucos! Na abertura da jornada 11, o Moreirense venceu o Gil Vicente por 3-2, com uma remontada na última meia hora da partida. César Peixoto mexeu e a equipa melhorou, Bruno Pinheiro manteve e o Gil Vicente deixou-se embalar pela canção dos cónegos.

Touré inaugurou o marcador quando o Gil mais precisava - desconfiado e desconfortável no jogo - e Santi aumentou a vantagem para os forasteiros. O Moreirense tinha outros planos e, através de um jogo mais direto conseguiu trocar as voltas à partida. Schettine marcou de bola parada, Dinis Pinto e Asué responderam a cruzamentos na perfeição.

O galo cantou a meio

Depois de um ciclo negativo, urgia a necessidade pontos para Moreirense e Gil Vicente. Numa partida com duas equipas que previligiam um futebol positivo e apoiado, foi o Moreirense quem começou melhor. Apesar de até terem criado perigo no primeiro lance do jogo, os gilistas entraram algo descoordenados e sem capacidade de ter bola e a turma de César Peixoto foi aproveitando.

Touré inaugurou o marcador @Rogério Ferreira / Kapta+

Processos simples e poucos toques na bola levaram o Moreirense à baliza contrária, mas Andrew foi respondendo a grande altura. O guardião brasileiro negou o golo num cara a cara com Madson e voou por duas vezes em livres em zona central.

A ver a sua equipa em apuros desde o banco, Bruno Pinheiro - com um ajuste tático - tornou a equipa mais capaz. Fujimoto recuou no terreno e Santi começou a ter mais espaço do lado contrário ao da bola. O resultado? Golo. Num lance em que o Moreirense colocou muitos homens na zona da bola, o Gil conseguiu variar o jogo e Touré, pela esquerda, invadiu a área e rematou para o primeiro.

Desde o golo, os de Barcelos transpiraram confiança. Embora Fujimoto estivesse desastrado e Félix um pouco desaparecido - fora do seu habitat natural -, foram surgindo Santi e Aguirre, a dupla espanhola, a segurar a equipa. Primeira parte de bom futebol no Minho.

Ambição com o coração

A abrir o segundo tempo, ainda muitos estavam a jantar no bar e os gilistas já se tinham adiantado no marcador. Lançamento longo de Mutombo, Buatu insistiu na área e Jorge Aguirre subiu ao terceiro anel para cabecear para o fundo das redes. Um tento - o quarto na temporada - a complementar o bom jogo do avançado espanhol.

O Moreirense pareceu algo intranquilo depois do golo sofrido, mas uma bola parada galvanizou a equipa. Schettine, na sequência de um livre lateral, apareceu a desviar para o golo (que poderia ter sido anulado por falta do avançado). Cinco minutos depois, apareceu o empate. Entendimento perfeito entre os laterais cónegos, com Frimpong a cruzar e Dinis Pinto, de carrinho, desviou para a baliza e bateu Andrew. Nota negativa para Sandro Cruz, mal posicionado no lance.

O jogo serenou depois do 2-2, apesar das duas equipas continuarem à procura do golo. O Gil aproximou-se mais de bola corrida - finalmente Fujimoto a aparecer -, mas não conseguiu encontrar a direção da baliza. Os da casa tentaram um jogo mais direto, muito através de cruzamentos e bolas paradas.

Já nos instantes finais, e através de um cruzamento, reviravolta na partida. Sandro Cruz voltou a ficar mal na fotografia, Pedro Santos sai do lateral, Gabrielzinho cruzou e Asué, de cabeça, levou o Comendador Joaquim de Almeida Freitas à loucura!