
O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, espera um «restabelecimento integral da energia elétrica» nas próximas horas, depois do apagão geral registado no país - e não só -, ao final da manhã.
«Reuni com os responsáveis da REN para me inteirar do trabalho em curso para o restabelecimento do fornecimento e energia. Está a ser reposto gradualmente, como os portugueses estão a verificar. Em muitas regiões já foi restabelecida, sendo expectável que seja possível o restabelecimento integral nas próximas horas», afirmou o primeiro-ministro.
«Talvez não seja o caso, mas a demora pode ser superior ao que está a acontecer em Espanha, que pode ter interligações com outros países, como França e Marrocos. Nós estamos exclusivamente ligados a Espanha, país também afetado», acrescentou.
Na comunicação ao país, a partir do Palácio de São Bento, Luís Montenegro começou por apontar para Espanha a origem do apagão, algo que desenvolveu posteriormente, fazendo referência a «aumento abrupto» da tensão na rede do país vizinho.
O governante descreveu a situação como «grave, inédita e inesperada», e explicou que a resposta imediata foi isolar a rede elétrica nacional.
O Conselho de Ministros reuniu-se logo a partir das 13 horas, «de forma permanente, para gerir a crise», em articulação com as diversas entidades e forças de segurança.
Foi decretada a situação de emergência energética, estabelecendo prioridades, nomeadamente na distribuição alimentar e no abastecimento de combustíveis.
«Os serviços essenciais mantiveram-se em funcionamento e o Estado revelou capacidade de resposta», defendeu Montenegro, que anunciou ainda que foi decretado transporte gratuito na travessia do Tejo, até ser restabelecida a normalidade, e anunciou também que a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou voos noturnos, de forma a compensar as várias horas de encerramento dos aeroportos.
ARTIGO ATUALIZADO