Roberto Martínez considerou que Portugal foi muito superior à Dinamarca, apesar das dificuldades da equipa e de a decisão da passagem às meias-finais da Liga das Nações ter sido decidida no prolongamento.

Eis a primeira reação do treinador, na entrevista rápida à RTP.

— Que análise faz ao jogo? 
— Foi exibição muito diferente daquela que fizemos na Dinamarca, com capacidade de criar oportunidades. Não é fácil marcar cinco golos. O ambiente na na Dinamarca foi muito bom mas hoje foi melhor. 

— Sofreu mais do que esperava? 
— O futebol é uma lição de vida. A equipa mostrou os valores do povo português: sofrimento e resiliência. É uma Seleção para estarmos orgulhosos.

— Como vê a exibição de Trincão
— Não é fácil entrar. Trincão está a trabalhar muito bem e mostrou que está bem preparado. Preparado como o Ruben Neves e o Diogo Jota

— Sente confiança no seu trabalho? 
— Estou aqui para ajudar os jogadores e sinto muita confiança para continuar. Sinto confiança de toda a estrutura da FPF. Estou tranquilo porque quando perdemos a culpa é minha e quando ganhamos é dos jogadores. 

Pouco depois esteve na Sport TV também a analisar o jogo.

— Resultado esconde dificuldades de Portugal
— Não. Defrontámos uma equipa com muita confiança, uma boa equipa, não há jogos fáceis, a França ganhou à Croácia nos penáltis, a Espanha ganhou nos penáltis aos Países Baixos. Utilizámos a vantagem dos nossos adeptos. Preciso de dar-lhes os parabéns, criaram uma festa que nos ajudou muito. Durante o jogo fomos superiores à Dinamarca, sofremos um golo por um erro nosso, mas, no geral, a equipa teve um grande desempenho. O objetivo é ganhar e desfrutar e os jogadores tiveram um desempenho para estar muito, muito ogulhosos.

— Equipa melhorou com as entradas de Diogo Jota, Gonçalo Ramos e Trincão. São eles a dizer: ‘estamos aqui a reclamar minutos’? 
— O futebol é isso, criar um ambiente competitivo com muito respeito e nós temos isso, jogadores que têm valências diferentes. É importante ajudar os jogadores para serem eles próprios e hoje vê-los entrar e fazer a diferença foi importante. Mas começámos o jogo bem, tivemos um bom desempenho. A entrada do Diogo Jota ajudou muito, mas, depois, ver o Trincão, com a sua qualidade e um perfil muito importante... Mas gostei também muito do desempenho do Chico [Francisco Conceição]. Foi uma mistura de gerações muito importante para nós. O Bernardo Silva alcançou marca importante na carreira [100 jogos pela Seleção]. Há muitas coisas para desfrutar.

— Fica mais tranquilo agora que Portugal jogará com a Alemanha nas meias-finais da Liga das Nações? 
— Tranquilo, não. O meu trabalho é ajudar os jogadores e estar concentrado com as coisas cá dentro.