Rui Silva está a postos para estrear-se, aos 31 anos, na Liga dos Campeões, de olho no embate entre Sporting e Borussia Dortmund na 1ª mão do playoff da Liga dos Campeões. Sem rodeios, o experiente guarda-redes admitiu, na antevisão ao embate europeu, que esse factor dá-lhe "motivação acrescida", pese ter pela frente um oponente difícil. O português abordou, ainda, as suas hipóteses em somar mais internacionalizações por Portugal, a importância de Gyökeres e a sua relação com o seu concorrente, Franco Israel.

Que sentimento tem pela possibilidade de estrear-se na Champions? 

"Estou sem dúvida muito grato por poder estar aqui. Ter a oportunidade de jogar a Liga dos Campeões era um grande objetivo. Estou muito feliz. Trabalho sempre para jogar, mentalizo-me sempre dessa maneira. Depois, controlo o que depende de mim, o míster é que toma as opções. Estou sempre preparado para jogar."

Desde que chegou o Franco Israel perdeu o lugar na baliza. Acha que isso afetou-o?

"Penso que não. Temos um grande respeito um pelo outro. Essa competência que temos é muito saudável, é fundamental para o dia a dia se queremos atingir os nossos objetivos. É muito importante haver esta solidariedade entre todos. Acima de tudo temos de mostrar o nosso compromisso e trabalho. Para isso temos um treinador que toma as decisões, controlamos só o que depende de nós. Estou a criar uma ligação muito forte, tanto com o Franco, como o Kovacevic."
  
Quais são os principais perigos do Dortmund? É imperativo ter um bom resultado na 1ª mão? 

"Claro que sim, sabemos da importância desta eliminatória e sabemos o rival que temos pela frente. É totalmente diferente a nível de motivação disputar a Liga dos Campeões ou o campeonato interno. É um clube histórico, não está tão bem na sua liga, mas sabemos da sua capacidade ofensiva e defensiva. Estamos preparados. Sabemos que temos 180 minutos pela frente e temos de ser rigorosos e fazer bem o nosso trabalho para depois, com as nossas armas - que também as temos -, criar perigo do outro lado."

Gyökeres está a fazer muita falta?

"Sim, claro que sim, é um jogador muito importante para nós. É um goleador nato. Mas também temos outros jogadores que podem dar a mesma resposta, o Harder tem respondido muito bem e tem feito golos. Claro que o Gyökeres é uma grande referência, esperemos que esteja a 100 por cento para fazer golos e ajudar-nos."

Disse que o nível de motivação para a Liga dos Campeões é diferente dos jogos no campeonato. Também se sente mais motivado para a Champions? 

"Estou motivado em todos os jogos, jogo num clube grande. Todos os jogos trazem coisas diferentes e aprendizagens. Claro que sendo o meu primeiro jogo na Liga dos Campeões tem uma motivação acrescida, mas desde que cheguei estou muito motivado porque temos muitas coisas para conquistar até final da época."

Aos 31 anos, acha está mais perto da Seleção? Ambicionava já ter tido mais internacionalizações? 

"Tenho feito parte do lote de selecionáveis das últimas convocatórias, penso que isso por si só tem demonstrado o meu trajeto ao longo dos anos. Penso que tenho de controlar o que depende de mim, que é trabalhar e ter um desempenho elevado para depois ser bem visto pelo selecionador e ter a confiança dele. O ter mais jogos ou não depende do míster."