Esta terça-feira, o Supremo Tribunal de Espanha confirmou a sentença de seis anos de prisão imposta pelo Tribunal Provincial de Barcelona a um futebolista de uma liga de veteranos, por causa de um crime de lesões agravadas num jogo de futebol, de acordo com o artigo 149 do Código Penal. O resultado? Deixou o adversário em cadeira de rodas.

Este incidente remonta a abril de 2014, sendo que o agressor, que já tinha sido expulso aos 80 minutos da partida por chutar outro jogador, regressou ao relvado durante uma breve interrupção da partida e atingiu por trás, com o pé, na zona do pescoço, provocando ferimentos graves e irreparáveis.

A vítima sofreu uma lesão na medula espinhal e tem tetraparesia grave, portanto uma necessidade permanente de usar uma cadeira de rodas elétrica, assim como total dependência de terceiros para viver. Perante esta situação, teve ainda de remodelar a casa mediante as suas novas necessidades e o tribunal, para além da sentença, condenou o agressor a indemnizar a vítima no valor de 714 mil euros.

«No caso de um comportamento típico, como o que ficou provado no presente processo, em que um jogador de uma equipa que tinha sido expulso agride depois um jogador da forma violenta descrita nos factos provados e com um resultado tão grave como o que se verificou...», disse o Supremo Tribunal, citando a Marca, de forma a justificar a sentença.