
O Ac. Viseu recebe, este sábado pelas 14 horas, o Torreense no Fontelo, em jogo a contar para a 30.ª jornada do campeonato. Ainda sem conseguir duas vitórias consecutivas no seu percurso pelos viriatos, Sérgio Vieira continuou a remeter para o trabalho introspetivo, até porque não controla as outras equipas da 2.ª Liga.
"Nós não temos uma bola de cristal para adivinhar o futuro. Sabemos que as equipas à nossa frente vão perder pontos, a história da 2ª Liga mostra isso, mas a questão não são eles. A questão somos nós", começou por dizer, salientando que, em caso de mais triunfos justos, os viseeenses estariam "noutra posição": "Os empates com o Benfica B, com o Alverca, entre outros, e os dois pontos que deixámos em Matosinhos... estaríamos noutra posição. Temos de continuar como verdadeiros vencedores, mesmo na derrota. Quem não deita a toalha ao chão são os que verdadeiramente vencem no fim."
Como trabalha este aspeto de não conseguir manter a liderança dos jogos?
"Perder pontos e a oportunidade de dar alegrias aos nossos adeptos dói. Mas temos de saber fazer o luto e rapidamente olhar para o adversário seguinte. Enquanto houver vida, há esperança. Temos agora esta oportunidade de alcançar um adversário direto e queremos dar uma imagem de mais e melhor."
O que fazer daqui para a frente para somar mais pontos?
"Não podem ser só os 45 minutos como foi no jogo com o Leixões. Estávamos a ganhar e não conseguimos manter os índices que tivemos no início. As lesões do Igor e do André Almeida, jogadores fundamentais na nossa estabilidade, também não ajudaram."
Perder pontos e a oportunidade de dar alegrias aos adeptos dói. Mas temos de saber fazer o luto rapidamente e olhar para o adversário seguinte
Sérgio Vieira
Treinador do Ac. Viseu
Essas mudanças no onze são um dos motivos da inconsistência?
"A alternância tira rotinas e cumplicidade. A perda do André Almeida, do Igor, agora o Henrique por castigo... são jogadores que estabilizaram a equipa. Ainda assim, não usamos isso como desculpa. Vamos cobrar-nos mais e perceber que todos são capazes, é uma questão de foco e ambição. Temos de honrar o emblema que carregamos ao peito. Este clube tem história, tem um projeto, tem ambições. E eu, como líder, não posso deixar cair esse espírito. Até ao último segundo, vamos lutar."