
Toni Kroos abandonou os relvados há um ano, mas continua a ser uma das figuras mais icónicas do futebol europeu. Em entrevista ao jornal italiano 'La Gazzetta dello Sport', o antigo médio do Real Madrid abordou temas 'quentes' da atualidade desportiva, debatendo também o futuro do Real Madrid, o novo formato do Mundial de Clubes e a ascensão de Lamine Yamal.
"Não vou voltar e o Real Madrid sabe disso", afirmou. Kroos reconhece que o clube madrileno procura um jogador com o seu perfil, mas alerta para a escassez de opções: "Falta um jogador como eu e continuam à procura. O problema é que não há muitos assim e os que existem são difíceis de contratar", realçou.
Sobre a transição no comando técnico do Real Madrid, o alemão vê com bons olhos a chegada de Xabi Alonso. "É uma mudança que beneficia todos. O clube, Xabi, que dá um passo em frente na carreira, e Carlo Ancelotti, que encontrou um grande desafio no Brasil. Todos saem a ganhar", referiu.
Kroos também não poupou críticas ao calendário competitivo, especialmente ao novo formato do Mundial de Clubes: "No futebol não há pobres. Mas para manter a qualidade, os jogadores precisam de estar frescos. Jogamos demasiado. Mais dinheiro, menos descanso, mais lesões e menos qualidade. É simples."
Já sobre Luka Modric, muito perto do Milan, Kroos desfez-se em elogios: "Nunca perderá a qualidade. Aos 40 anos, é natural que jogue menos, mas continua a ser especial", elogiou.
O antigo internacional pela Mannschaft rendeu-se ainda ao talento precoce de Lamine Yamal, extremo espanhol do Barcelona: "Aos 17 anos, eu não estava ao seu nível. Nunca vi nada assim. O que impressiona é a consistência e a coragem nos momentos difíceis. Mas o futebol é uma maratona, não um sprint. Veremos como evolui", alertou.
Recorde-se que além do Real Madrid, o médio alemão teve passagens por clubes como o Bayern Munique e Bayer Leverkusen.