«O motivo foi a comunicação não totalmente eficaz entre as duas partes e as exigências financeiras do presidente do Conselho de Administração da Boavista, Fary Faye, que alterou no último minuto», explicou John Inglis.

Segundo o agente, houve uma alteração de última hora nas condições, o que impossibilitou a conclusão da transferência antes do fecho da janela de transferências da MLS, que encerrou a 23 de abril às 23h00, hora local.

Uma curiosa reviravolta na história foi a discrepância em relação à moeda. «A transferência foi acordada em dólares americanos, mas cerca de quatro dias antes do prazo, e também apenas algumas horas antes do fecho da janela, Faye apresentou uma contraproposta em euros», confirmou John Inglis as informações veiculadas na imprensa. «Simplificando, a Boavista apresentou exigências adicionais que o Salt Lake recusou aceitar.»

O interesse do clube americano pelo avançado eslovaco não foi aleatório nem precipitado. O Salt Lake começou a interessar-se por Róbert Bozenik já em fevereiro, aproximadamente na mesma altura que o Columbus Crew. «Eles foram os primeiros a falar com a direção da Boavista, mas não chegaram a acordo. Por isso, há um mês, o Salt Lake iniciou negociações com a Boavista», esclareceu John Inglis à TVNOVINY.

Bozeník estava decidido a transferir-se

Róbert Bozeník, segundo o seu agente, estava entusiasmado com a proposta. «Quando o jogador se encontrou pessoalmente com o treinador e toda a equipa do Salt Lake, ficou impressionado e decidido a transferir-se para lá», admite John Inglis, que caracteriza o seu agenciado como um dos profissionais mais sérios com quem trabalhou em 25 anos de carreira.

«Sei que ele e a sua família ficarão chateados com a Boavista, mas já aconteceu e não podemos mudar isso agora», avalia o agente, que apesar do revés acredita no profissionalismo de Bozeník. «Foi com grande tristeza e raiva quer recebemos a notícia. O Bozeník é um dos melhores profissionais com quem trabalhei, merece dar este passo. Ele ainda tem apenas 25 anos e ainda não atingiu todo o seu potencial. Os seus fortes valores familiares irão torná-lo mais forte após esta experiência infeliz.»

Quanto ao futuro, John Inglis lembrou que o avançado do Boavista ainda tem um contrato válido com o clube, que respeita. «Vamos ver o que acontece após o final da época», acrescenta o agente, antecipando muitas possibilidades de transferência para o avançado eslovaco.