A UAE Emirates, formação número um do ranking mundial em 2024, tem presença confimada, pelo oitavo ano consecutivo, na 51.ª Volta ao Algarve, prova que venceu em 2019, com o esloveno Tadej Pogacar, juntando-se, assim, a INEOS, Intermarché-Wanty, Bahrain Victorious, EF Education-EasyPost, dsm-firmenich PostNL, Alpecin-Deceunink e Groupama-FDJ.

Diga-se que está previsto que o português João Almeida participe na única prova portuguesa por etapas do circuito UCI ProSeries, onde foi 6.º classificado em 2023 e 9.º em 2020.

PERCURSO RENOVADO

A organização da prova anunciou, esta quinta-feira, que o percurso da 'Algarvia' foi renovado «procurando criar novos motivos de interesse desportivo». 

A prova arranca de Portimão, dia 19, da zona ribeirinha portimonense os ciclistas dirigem-se para Lagos, onde, na Avenida dos Descobrimentos, espera-se uma animada discussão ao sprint, selando os 190 quilómetros iniciais da corrida.

A primeira grande novidade chega no dia seguinte. A segunda etapa começa em Lagoa, prolonga-se por 177,6 quilómetros e termina no ponto mais alto do Algarve, a Fóia, no concelho de Monchique. Ao invés do que tem acontecido, a subida final faz-se pela vertente norte da serra, com zonas de inclinação menos constantes e alguns troços de maior dificuldade. A subida para a meta tem 8,4 quilómetros de extensão.

A fase mais demolidora da subida, com um quilómetro de pendente média a rondar os 10 por cento, acontece a 3,5 quilómetros do final. Acresce que escalar a Fóia por esta vertente provoca um encadeamento com a subida da Pomba, cujo ponto alto dista apenas 3100 metros das primeiras rampas da Fóia.

Ao terceiro dia regressam as oportunidades para os sprinters e terminam os pontos de maior semelhança com as edições anteriores da corrida. A caravana parte de Vila Real de Santo António para uma viagem de 183,5 quilómetros que irá terminar em Tavira, cidade que tem brindado a Volta ao Algarve com entusiásticos banhos de uma multidão ávida de ver os melhores velocistas do mundo em ação.

A quarta etapa é a grande incógnita desta Volta ao Algarve. Está desenhada para que tudo possa acontecer. O traçado permite que alguns sprinters aspirem a passar as dificuldades e a lutar pelo triunfo, mas também não fecha a porta a um ataque proveniente dos especialistas em clássicas e também pode ser um isco para os homens que lutam pela geral jogarem uma cartada. Será uma tirada de 175,2 quilómetros, entre Albufeira e Faro. As três contagens de montanha colocadas nos derradeiros 50 quilómetros são o ingrediente que permite esperar a emoção e a incerteza, condimentos fundamentais do desporto.

A maior surpresa está guardada para o último dia. A tradicional chegada ao alto do Malhão será, desta vez, diferente. Vai acontecer em sistema de contrarrelógio individual, permitindo ao numeroso público assistir à passagem dos corredores, um a um, durante quase três horas consecutivas de espectáculo e proximidade com os ídolos.

O contrarrelógio de encerramento da 51.ª Volta ao Algarve começa em Salir e termina no Alto do Malhão. Terá 19,6 quilómetros. Os primeiros 17 mil metros são essencialmente planos. Os últimos 2600 são a subir, com uma inclinação média de 9,2 por cento.No final das cinco etapas, os corredores terão percorrido 745,9 quilómetros, com um acumulado de subida total de 11 795 metros.