
O tenista português Francisco Cabral foi autorizado pela organização a quebrar, esta sexta-feira, o protocolo centenário do torneio de Wimbledon para homenagear os futebolistas Diogo Jota e André Silva.
Em jogo da segunda ronda do torneio de pares, Cabral, que faz dupla com o austríaco Lucas Miedler, usou um laço negro na manga esquerda, num tributo enlutado aos irmãos, vítimas de um trágico acidente de viação em Espanha.
Um episódio raro na história do mítico torneio do Grand Slam, disputado desde 1877, onde o código de vestuário obriga os jogadores a utilizarem apenas equipamento branco.
No ano passado, a ucraniana Elina Svitolina protagonizou um gesto semelhante, em solidariedade com as vítimas da guerra na Ucrânia.
No final do encontro, em declarações à imprensa britânica, Francisco Cabral afirmou que, apesar de não conhecer pessoalmente Diogo Jota, ficou abalado com a “muito, muito triste” notícia da morte do futebolista, “um ídolo, um ícone e uma pessoa tão boa”.
O adeus ao All England Club
O melhor tenista nacional da variante de pares, que figura no 40.º lugar do ranking ATP, e Lucas Miedler perderam em dois parciais, por 6-3 e 7-6 (11-9), frente aos dois tenistas que ocupam o 65.º posto, falhando o acesso à próxima eliminatória.
Consumada a despedida no All England Club, à quarta participação no torneio inglês, Francisco Cabral deixa a representação portuguesa a cargo do amigo Nuno Borges, ainda em prova nos torneios de singulares e de pares, ao lado do norte-americano Marcos Giron.
Com Lusa