A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a TotalEnergies Angola deram início, nesta Segunda-feira, aos trabalhos de conversão da futura unidade flutuante de produção de petróleo bruto, FPSO Kaminho, na cidade de Nantong, China.

As primeiras etapas, segundo uma nota, incluem desmantelamentos de partes da estrutura, que serão realizados pelo estaleiro da empresa CMHI (China Merchants Heavy Industry), sob a supervisão do principal empreiteiro, a Saipem.

Na ocasião, a administradora executiva da ANPG, Ana Miala, sublinhou que Kaminho, com capacidade de armazenar cerca de 1 milhão e seiscentos mil barris de óleo, será a segunda unidade flutuante de motor híbrido em Angola.

“Com a FPSO Kaminho, vamos reforçar a nossa capacidade de produção e consolidar a nossa visão estratégica de garantir a continuidade da actividade petrolífera no nosso país. Asseguramos assim, o primeiro desenvolvimento na Bacia Marítima do Kwanza, enquanto investimos na modernização da nossa indústria e na qualificação contínua do capital humano”, salientou.

Para o presidente do conselho de administração da Sonangol, Gaspar Martins, o projecto representa a colaboração entre as entidades do Estado e os parceiros do Bloco 20/11.

“A fabricação de diversos equipamentos será feita em nosso País, com especial atenção ao conteúdo local, onde cerca de 40 milhões de horas-homem serão preparadas, envolvendo diversos estaleiros nacionais para a entrega de diversos equipamentos. Um novo empreendimento significa pelo menos 20 anos de oportunidades de negócios para os prestadores de serviços locais, o que é muito positivo. Auguramos que este investimento abra caminho para novas geografias e traga mais investimentos nesta nova bacia”, acresceu Gaspar Martins.

Já o director-geral e country manager da TotalEnergies Angola, Martin Deffontaines, realçou que “o FPSO KAMINHO é a 7.ª FPSO da TotalEnergies em Angola.

“Este projecto recorre à mais recente tecnologia de ponta para se adequar ao portofólio de produção com baixas emissões da nossa Companhia, destaca ainda que somos o maior produtor em Angola e um parceiro de longa data, e, neste ano especial, em que Angola celebra os seus 50 anos de independência, reforçamos o nosso compromisso em continuar a contribuir para a manutenção da produção do País e apoiamos o cumprimento dos seus objectivos de desenvolvimento sustentável”.

A FPSO Kaminho será ligada a uma rede submarina que vai produzir as descobertas dos campos de Cameia e Golfinho, com uma produção esperada de cerca de 70.000 barris de petróleo/dia, sendo o valor de investimento orçado em 6 mil milhões de Dólares Americanos, anunciado a 20 de maio de 2024. O início de produção está programado para 2028.