
O Banco Mundial (BM) investiu cerca de 300 milhões de dólares no Projecto de Requalificação e Reconversão Urbana de Cidades de Angola (SONA), avançou esta Terça-feira, 08, em Luanda, o representante da instituição no país, Juan Carlos Alvarez.
Segundo Juan Carlos Alvarez, que falava à imprensa à margem do acto oficial do lançamento do Projecto SONA, este valor vai ser desembolsado aos poucos para aplicação das obras, com base nos resultados do projecto.
“Este é um projecto que está a usar um instrumento chamado programa para resultados e é diferente, estamos a usar pela primeira vez em Angola. Normalmente, os projectos financiados pelo Banco Mundial usam instrumentos diferentes, que é financiar obras, bens e serviços”, disse o representante do Banco Mundial em Angola.
Entretanto, Juan Alvarez informou que o período de implementação do programa é de cinco anos e é um projecto piloto que começa em três cidades de Angola, nomeadamente, Huambo, Benguela e Lubango.
A escolha das três cidades, segundo explicou, são resultados do trabalho analítico que o Banco Mundial tem feito durante vários anos, “depois da conclusão e do impacto positivo na vida das pessoas poderemos implementar o projecto piloto em outras províncias do país”.
De acordo com Alvarez o SONA, vai ser também beneficiado a implementação de outros projectos financiados pelo banco, como o Njila, habitação, saúde, água, acesso digital e energia.
“A ideia do Banco Mundial é que os engajamentos que o banco tem aqui em Angola tenham uma implementação integral, com o objectivo de atingir um maior impacto, melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento económico social das populações destas cidades”, realçou.
Por esta razão, acrescentou que é importante considerar as cidades no centro da estratégia da diversificação económica de Angola, especialmente no contexto do Corredor do Lobito, que abrange províncias cobertas pelo SONA e concentra cerca de 25% da população nacional.
Juan Carlos Alvarez disse que o projecto é isolado, mas a estratégia do Banco Mundial é justamente tentar ver como podem desenvolver um apoio integral ao longo do Corredor do Lobito e atingir um impacto.
Os pilares do projecto SONA são a auto-construção dirigida, regularização fundiária, infra-estrururas, habitações sustentáveis e amigas do ambiente, inclusão das populações carenciadas e promoção de igualdade de género.