
O presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior, afirmou nesta Segunda-feira, em Luanda, que “o país tem um Estado que é burocrático que afasta investidores, uma gestão fiscal irresponsável, dívida insustentável e orçamentos muito irrealistas”.
O líder da UNITA, que foi o convidado do jornalista e professor de Economia, Carlos Rosado de Carvalho, para a 2ª edição do evento “Conversas Economia 100 Makas”, disse que Angola tem um serviço público em colapso, nomeadamente no sector da saúde e da educação.
“Ao comemorar os 50 anos de independência, Angola enfrenta uma crise socioeconómica com índices alarmantes, se tivermos em conta as suas potencialidades económicas, sublinhou Adalberto Costa Júnior.
Durante a sua intervenção, o presidente da UNITA, afirmou que o país não está pobre por falta de recursos, mas porque o sistema político foi desenhado para concentrar riqueza e poder nas mãos de poucos.
“A solução é a descentralização real, com as autarquias, reforma constitucional que limitam o presidencialismo, judiciário independente para combater a corrupção, economia aberta com menos Estado e mais mercado”, disse.
Apesar do crescimento significativo, precisou, o Produto Interno Bruto, lida actualmente com estagnação económica e fragilidades e institucionais.
Adalberto Costa Júnior defende estabilização macroeconómica com responsabilidade fiscal, restabelecimento da confiança da moeda nacional para atrair poupança, investimento e crescimento sustentável.
“Uma moeda instável destrói contratos, encurta horizontes de planeamento e impede funcionamento saudável dos mercados. A estabilidade monetária é a base de qualquer economia que prospera”, considerou.