
O DBS Group voltou a ultrapassar a barreira dos 100 mil milhões de dólares em capitalização de mercado, alicerçando o seu estatuto como a empresa cotada de maior valor em Singapura, revela a Bloomberg nesta segunda-feira.
Embora já tivesse ultrapassado esta marca pela primeira vez a 2 de maio de 2024, a ocasião foi breve e associada na altura à divulgação de resultados extraordinários do trimestre — um lucro líquido de 2,96 mil milhões de dólares, um aumento de 15% face ao período homólogo, que impulsionou temporariamente as ações acima dos 100 mil milhões.
Em contraste, a travessia ocorrida em junho de 2025 caracteriza-se por maior consistência, sinal de que o valor ronda este patamar com mais estabilidade, destaca o jornal.
O sucesso do DBS apoia-se numa estratégia de digitalização profunda, adotada desde 2014 com um investimento inicial de 200 milhões de dólares. Esta estratégia é fundamentada em três pilares: digitalização total, integração na experiência do cliente e cultura de start-up.
Recorde-se que, recentemente, o CEO do banco, Piyush Gupta, referiu que vai cortar os recursos humanos em “4000 ou 10%”. Esta diminuição de trabalhadores vai ocorrer ao longo dos próximos três anos, à medida que as posições forem substituídas por Inteligência Artificial.
Por outro lado, o líder da empresa conta que mil novas posições vão ser criadas para IA. Gupta está entre os primeiros dirigentes de grandes bancos a admitir o impacto da IA na possível perda de postos de trabalho.
A Bloomberg observa que o DBS se posiciona agora entre os poucos bancos asiáticos cujo valor de mercado rivaliza com instituições da China, Índia e Japão, países com bases domésticas muito maiores.
O DBS foi fundado em 1968 como o Development Bank of Singapore para apoiar o desenvolvimento económico do país, evoluindo ao longo das décadas para se tornar o maior banco do Sudeste Asiático e um líder global em serviços bancários digitais.