O primeiro-ministro cabo-verdiano esclareceu esta semana que a construção do Monumento Nacional Liberdade e Democracia resulta de concurso lançado em 2024, afirmando que o arranque agora é coincidência e que a suspensão implicaria indemnizações à empresa contratada.

“O processo do concurso foi iniciado em 2024, depois a abertura das propostas, o engajamento financeiro, tudo já estava feito. É uma mera coincidência o início da construção agora”, afirmou Ulisses Correia e Silva, na ilha de São Vicente, ao ser questionado sobre as críticas ao monumento, orçado em 150 milhões de escudos (1,36 milhões de euros).

Segundo o chefe do Governo, se a obra não avançasse neste momento teria de avançar mais tarde, mas o Estado ficaria sujeito ao pagamento de indemnizações, uma vez que “todo o processo já estava em curso”.

O governante destacou ainda a importância simbólica da iniciativa: “Há muita gente a defender que o país deve ter a salvaguarda das suas memórias”, referiu.

Ulisses Correia e Silva admitiu que “há muita gente que contesta, não de forma inocente, porque tem uma agenda política para o fazer”, mas garantiu que o executivo respeita todas as opiniões.

“Não se pode pensar que há uma única via. Há muita gente que defende a democracia e a liberdade e que acha que se deve fazer este monumento”, acrescentou, citado pela Lusa.