
O que é que consideras que é um bom uso da inteligência artificial?
Um bom uso da inteligência artificial, primeiramente é resolver problemas a grande escala. A inteligência artificial permite-nos com a agregação de dados resolver problemas a grande escala, olhar para os problemas desta forma macro, mais uma vez como a economia o faz. E a segunda é garantir que não deixamos ninguém para trás. Eu acho que a tecnologia tem duas grandes vertentes, ou seja, nós podemos olhar mais para como é que a inteligência artificial é usada no âmbito da produtividade, muito mais o indivíduo e a sua organização, e aí como é que facilitamos tarefas. Não há nenhuma organização que diga que quer substituir a humanidade, mas é interessante como é que nós libertamos as pessoas para se focarem nestas tarefas muito mais dedicadas à criatividade, como é que podem resolver problemas estratégicos. Então acho que há uma evolução que tem que ser feita também na causa raiz, no fundo é a educação, como é que nós podemos ajudar as pessoas a focarem-se mais neste âmbito que é o contacto, a relação humana, a relação com o cliente, a relação dentro da organização. Então isso é um grande âmbito da inteligência artificial, que acho que tem um lado maravilhoso que é este de suscitar ainda mais a curiosidade, que eu acho que é uma das melhores skills que nós podemos ter, sermos curiosos, fazermos perguntas. Agora, como qualquer outra tecnologia, as tecnologias são sempre uma arma e, no fundo, uma ferramenta. Eu gosto muito desta dualidade entre a arma e a ferramenta. Podem ser utilizadas para fazer as piores coisas que existem, como também podem ser usadas como uma ferramenta para aumentar a riqueza das pessoas.
Leia a entrevista completa na edição de junho/julho da Forbes Portugal. Já nas bancas.